21/6/2024 10:20

PF deve concluir inquérito das joias e vai tomar decisão sobre Michelle

414 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Prestes a concluir o inquérito das joias, que investiga o caso dos artigos de luxo que Jair Bolsonaro teria subtraído do acervo da Presidência da República e tentado vender nos Estados Unidos, a Polícia Federal (PF) já tomou uma decisão sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Quando surgiram revelações de que emissários de Bolsonaro tentaram entrar no Brasil sem declarar joias dadas ao Estado brasileiro por autoridades de países árabes, havia suspeitas de que as peças seriam destinadas a Michelle. No entanto, após meses de apurações, investigadores informaram ao jornalista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, que não encontraram evidências do envolvimento da ex-primeira-dama no esquema.

Assim, Michelle Bolsonaro não deve ser indiciada, ao contrário de seu marido, Jair Bolsonaro, que é apontado como o líder de uma suposta organização criminosa que se apropriou de bens do Estado para enriquecimento pessoal.

Cid diz que entregou dinheiro das joias nas mãos de Bolsonaro

O tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confessou à Polícia Federal que entregou parte do dinheiro obtido com a venda de joias desviadas do patrimônio do Estado diretamente ao ex-presidente. Segundo Cid, isso ocorreu em setembro de 2022, em Nova York, durante uma viagem oficial de Bolsonaro aos EUA para participar de sua última Assembleia-Geral da ONU.

De acordo com o depoimento de Cid, o dinheiro vivo provinha da negociação de relógios que Bolsonaro recebeu de autoridades estrangeiras, que, pela lei brasileira, pertencem ao Estado, mas que ele desviou e vendeu para ficar com os valores em papel moeda.

Os autos do processo no Supremo Tribunal Federal mostram que os relógios renderam US$ 68 mil, em vendas efetuadas pelo pai do tenente-coronel, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid. Ele teria ido a Miami e Nova York com o propósito de vender as joias do Estado e conseguir o máximo possível de dinheiro com os itens de luxo.

Cid também revelou que seu pai demorou alguns dias para sacar os US$ 68 mil devido ao limite diário disponível nos caixas eletrônicos dos EUA. Depois, com o dinheiro em mãos, ele o repassou a Bolsonaro em Nova York, enquanto o ex-presidente estava em missão oficial representando o Estado brasileiro.

A novidade no inquérito é que o restante do dinheiro proveniente das vendas criminosas teria sido entregue a Bolsonaro quando ele já estava fora do cargo de presidente, em 2023, em Orlando, na Flórida, também nos EUA. Isso ocorreu quando ele “fugiu” do país para não entregar a faixa presidencial a Lula (PT), que na semana seguinte sofreu uma tentativa de golpe desfechada pelos seguidores radicais do extremista.

Com informações da Fórum

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