20/6/2024 11:44

Novo corregedor do CNJ, próximo de Gilmar Mendes, assume com promessa de rigor contra Moro

357 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O Senado aprovou nesta quinta-feira (19) a indicação de Mauro Campbell para o cargo de corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com 62 votos favoráveis e apenas 1 contrário, Campbell ocupará o cargo até 2026, deixando vaga sua posição como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Uma das responsabilidades do corregedor do CNJ é receber e avaliar reclamações e denúncias contra magistrados. Campbell assumirá o lugar de Luís Felipe Salomão e herdará processos importantes, incluindo investigações contra o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) e a juíza Gabriela Hardt, ambos envolvidos na operação Lava Jato.

Uma fonte anônima revelou que Campbell, próximo ao ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal, não será leniente com Moro e Hardt e buscará recuperar os bilhões mal geridos pela Lava Jato. A fonte destacou que Campbell seguirá a linha de Salomão, que foi firme em ir contra o corporativismo judicial.

Mauro Campbell é formado em Ciências Jurídicas pelo Centro Universitário Metodista Bennett no Rio de Janeiro e pela Escola Superior de Guerra. Ocupava a vaga do STJ destinada ao Ministério Público desde 2008 e é diretor da Escola Nacional de Formação de Magistrados há dois anos.

Em seu novo cargo, Campbell terá que lidar com as consequências da correição extraordinária realizada na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde a corregedoria do CNJ pediu para que a Polícia Federal investigue Sergio Moro por peculato. O relatório da auditoria aponta que Moro e outros envolvidos tentaram desviar recursos da Lava Jato para uma fundação privada.

A Corregedoria do CNJ identificou esforços conscientes dos agentes da Lava Jato para excluir a União das discussões sobre a multa aplicada à Petrobras nos Estados Unidos. Moro, em nota, negou as acusações e afirmou que recuperou bilhões de reais desviados da Petrobras durante os governos do PT.

Além de Moro, a juíza Gabriela Hardt e outros três membros da Lava Jato são réus em processos administrativos no CNJ. O corregedor Luís Felipe Salomão encontrou indícios de violações aos deveres funcionais da magistratura, como falta de independência e imparcialidade.

Com informações da Fórum

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