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O pastor Silas Malafaia se uniu a parlamentares das bancadas Católica e Evangélica nesta quarta-feira (19) na Câmara dos Deputados em defesa do PL do Estupro, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação a homicídio e prevê penas maiores para vítimas que abortarem do que para os próprios estupradores.
Os parlamentares organizaram o ato para manifestar a posição da bancada sobre a matéria e protestar contra o presidente Arthur Lira (PP-AL), que determinou a formação de uma comissão representativa para debater o texto. Os fundamentalistas religiosos querem votar logo, pois estão perdendo apoios e temem que o assunto esfrie.
Após o ato, Malafaia explicou aos jornalistas os argumentos utilizados pelos fundamentalistas. Ele tentou desconstruir o caráter fundamentalista de sua posição, alegando que a aprovação do projeto tem base científica. Segundo ele, o Conselho Federal de Medicina estabeleceu que a partir de cinco meses e meio de gestação, o feto está pronto para a vida e que os métodos de aborto são cruéis e inaceitáveis.
Malafaia também tentou justificar a razão pela qual as penas para o estuprador seriam menores do que para uma vítima de estupro que tenha abortado, argumentando que a vida é o bem maior e, portanto, a maior pena do Código Penal é para quem tira uma vida.
Ao ser questionado novamente sobre a questão das penas, Malafaia se contradisse e acusou o presidente Lula (PT) de "defender estuprador". Ele afirmou que não concorda com a pena menor para estuprador e que seu argumento era jurídico, não um apoio à pena menor.
Por fim, Malafaia acusou as mulheres de mentirem sobre estupros para conseguir abortar de acordo com a atual legislação, reforçando sua posição contra o aborto.
Assista ao vídeo:
'A PENA MAIOR É PARA QUEM TIRA A VIDA', DIZ SILAS MALAFAIA
— Estadão ??? (@Estadao) June 19, 2024
Bancada evangélica dobra a aposta e continua na defesa do PL do Aborto mesmo em caso de estupro; leia em @EstadaoPolitica > https://t.co/SLCcxx9htQ
?? Wilton Junior/Estadão pic.twitter.com/XVtRG9D9mk