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O presidente Lula (PT) demitiu Jean Paul Prates da presidência da Petrobras na noite desta terça-feira (14). A decisão ocorreu após o descontentamento com os resultados da gestão de Prates, principalmente devido ao prejuízo de 38% registrado no primeiro trimestre, divulgado na segunda-feira (13).
Para substituir Prates, Lula nomeou a engenheira civil Magda Maria de Regina Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo Dilma Rousseff (PT). Magda tem uma longa trajetória no setor, tendo iniciado sua carreira na Petrobras em 1980 e atuado em diversos cargos de destaque na ANP.
A demissão de Prates já era esperada devido a conflitos internos com membros do governo, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Apesar de contar com apoio de figuras influentes como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Prates não conseguiu manter seu cargo.
A situação se agravou após uma entrevista de Silveira à Folha de S.Paulo, onde o ministro enfatizou sua autoridade sobre a Petrobras. Em resposta, Prates pediu uma posição definitiva de Lula, o que foi interpretado como pressão sobre o presidente. Lula ficou profundamente insatisfeito com essa atitude.
Prates também divergiu do governo sobre o destino dos recursos excedentes no caixa da empresa. Enquanto ele e sua diretoria queriam repassar metade desses recursos aos acionistas, o grupo ligado ao ministro de Minas e Energia preferia a retenção dos recursos em um fundo da Petrobras. Lula apoiou a retenção, instruindo conselheiros a votarem contra a distribuição aos acionistas. Prates contestou publicamente a decisão, levando Lula a desmenti-lo.
Com informações da Fórum
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