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No Dia da Mentira, é impossível não lembrar do legado de desinformação deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que fez do engano uma ferramenta recorrente ao longo de seu mandato. De acordo com uma análise realizada pelo site Aos Fatos, Bolsonaro proferiu mais de 6.676 falas enganosas ou completamente falsas entre 2019 e 2022, o que equivale a uma média alarmante de quase 4,58 inverdades por dia.
Sua presidência, particularmente marcada pela gestão desastrosa da pandemia de Covid-19, viu o ex-presidente espalhar 2.511 declarações falsas sobre a crise sanitária, abarcando quase 38% do total de suas mentiras. Temas como economia, meio ambiente e eleições também foram frequentemente distorcidos em suas falas.
As mentiras mais propagadas por Bolsonaro incluem a afirmação infundada de que seu governo não teve escândalos de corrupção, declarada pelo menos 249 vezes. Adicionalmente, ele insistiu falsamente em 139 ocasiões que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria barrado as ações do governo na pandemia, e em 115 vezes, alegou que sua administração balanceou medidas econômicas e de saúde.
A disseminação de desinformação por Bolsonaro ocorreu majoritariamente em entrevistas, seguidas de discursos, lives, debates e, em menor medida, redes sociais. Esse comportamento contribuiu significativamente para o clima de desconfiança e polarização que se instaurou no país, evidenciando um preocupante desrespeito pela verdade e pela dignidade do cargo presidencial.
Com informações do DCM
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