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Durante o período em que o ex-presidente Jair Bolsonaro se refugiou na Embaixada da Hungria, em Brasília, seu filho Carlos Bolsonaro o visitou, revelando um encontro familiar dentro do espaço diplomático. Este episódio ocorreu na noite de 13 de fevereiro, em meio ao Carnaval, conforme reportado inicialmente pelo The New York Times, que acessou as gravações do sistema de segurança da embaixada. As filmagens mostram Carlos chegando e saindo após cerca de 38 minutos, com uma mochila, indicando a natureza discreta desta visita.
A estadia de Bolsonaro na embaixada, descoberta pelos vídeos de segurança, coincidiu com um momento de alta tensão política no Brasil, logo após a Polícia Federal apreender seu passaporte em uma investigação sobre supostas tentativas de golpe para obstruir a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Essa manobra de Bolsonaro, que tem fortes laços com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sugere uma tentativa de evasão diante de possíveis ordens judiciais, aproveitando a inviolabilidade das embaixadas garantida pela Convenção de Viena.
O ex-presidente e seu entorno não comentaram sobre as visitas recebidas durante sua permanência na embaixada. Contudo, a Polícia Federal está investigando as circunstâncias desses encontros, sobretudo pela possibilidade de Bolsonaro ter se reunido com aliados restritos por ordens do Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse episódio gerou uma onda de pedidos por parte de parlamentares de esquerda para que o STF considere a prisão preventiva de Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos envolvendo o ex-presidente no Supremo, exigiu esclarecimentos sobre a estadia na embaixada, ressaltando precedentes onde pedidos de asilo foram vistos como indicativos de risco de fuga e, portanto, justificativa para manutenção de prisão preventiva.
Com informações do Metrópoles.
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