25/3/2024 16:38

PF descobre que delegado detido por vínculo com milícia recebia "mesada" mensal de até R$ 300 mil

1162 visitas - Fonte: PlantãoBrasil/X

A Polícia Federal desvendou um esquema de corrupção envolvendo pagamentos de propinas astronômicas à Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, com o delegado Rivaldo Barbosa sendo uma peça central nesse sistema. Conforme revelado em um relatório focado nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, foi constatado que milícias pagavam "mesadas" que podiam chegar a R$ 300 mil para obstruir o andamento das investigações de homicídios.

Orlando Curicica, uma testemunha chave no caso Marielle, forneceu informações detalhadas sobre a rotina de subornos na delegacia, indicando que os pagamentos mensais variavam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, com valores adicionais negociados para suprimir investigações específicas.

Um exemplo citado no relatório envolve um pagamento de R$ 300 mil por um associado do contraventor Rogério de Andrade, visando impedir a investigação sobre o assassinato do sargento Geraldo Antônio Pereira em 2016.

Outras ocorrências de assassinatos importantes, como as mortes do presidente da Portela, Marcos Falcon, e do contraventor Heylton Carlos Gomes Escafura e sua esposa, também foram mencionadas como exemplos de casos não investigados devido ao esquema de propinas.

Além disso, o relatório traz à tona alegações de extorsão realizadas diretamente por Rivaldo Barbosa, com Curicica relatando um episódio de coerção que resultou no pagamento de R$ 20 mil para um dos subordinados de Barbosa, como uma forma de "proteção".

Com informações do Metrópoles

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