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Na quarta-feira (20), um passo controverso foi dado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, com a aprovação de um projeto que abre caminho para o desmatamento de vegetações nativas não florestais em todo o território nacional. Este projeto, que favorece claramente os interesses de ruralistas e bolsonaristas em detrimento do meio ambiente, pode resultar na devastação de cerca de 48 milhões de hectares de biomas brasileiros essenciais para o equilíbrio ecológico do país.
A proposta, que teve apoio de 38 parlamentares ligados ao agronegócio e à extrema-direita e enfrentou oposição de 18 votos de partidos progressistas, modificaria profundamente o Código Florestal. Sob a liderança do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), a medida busca reclassificar áreas de vegetação nativa, como campos gerais e de altitude, permitindo sua exploração. Originalmente limitado à Mata Atlântica, o projeto foi estendido a todos os biomas após pressão da Bancada Ruralista, demonstrando uma vez mais a ameaça representada por políticas predatórias ao meio ambiente.
A decisão da CCJ, que permite o projeto seguir diretamente para o Senado sem passar pelo plenário da Câmara, causou grande preocupação entre parlamentares e organizações ambientalistas. Deputados como Bacelar (PV-BA) e instituições como a SOS Mata Atlântica e o Instituto Socioambiental condenaram veementemente a proposta, destacando seu potencial destrutivo para biomas vitais como o Pantanal, Cerrado, Caatinga, Pampa, Amazônia e Mata Atlântica.
A aprovação deste projeto, além de representar um retrocesso ambiental significativo, contrasta diretamente com os esforços de preservação e recuperação ambiental promovidos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O atual governo tem se empenhado na retomada de políticas ambientais e climáticas, mostrando resultados promissores, como a redução do desmatamento na Amazônia, e reafirmando o Brasil como um líder global na luta contra a mudança climática.
Este episódio deixa claro o perigo que as políticas e a ideologia bolsonarista representam para o Brasil e o mundo. Ao colocar interesses econômicos de curto prazo acima da conservação ambiental e do bem-estar das futuras gerações, essas ações ameaçam não apenas a biodiversidade brasileira, mas também comprometem os compromissos internacionais do Brasil em matéria de clima e meio ambiente.
Com informações da Fórum
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