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O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, submeteu sua carta de renúncia ao presidente Mahmoud Abbas, em resposta aos recentes picos de violência na Cisjordânia e ao agravamento do conflito na Faixa de Gaza. Shtayyeh citou a "escalada sem precedentes" e as condições extremas enfrentadas pela população de Gaza, incluindo "guerra, genocídio e fome", como razões fundamentais para sua decisão. Ele também mencionou a pressão crescente da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos, sobre a Autoridade Palestina para reformular sua estrutura de governança e formular um plano de recuperação pós-conflito.
No âmago de sua decisão, Shtayyeh enfatiza a importância de adaptar o governo palestino à nova realidade de Gaza, sublinhando a necessidade de uma governança que abrace todo o território palestino e promova um consenso interno. A situação demanda, segundo ele, uma reorganização política que considere as mudanças drásticas na região e a urgência de unificação palestina.
A gestão de Abbas durante o conflito tem sido alvo de críticas, com muitos apontando sua incapacidade de responder efetivamente aos bombardeios israelenses e ao aumento da violência. Shtayyeh, que assumiu o cargo em 2019, sinaliza que a Faixa de Gaza está à beira de entrar em uma nova fase governamental, exigindo uma liderança adaptada às duras realidades impostas pelo conflito.
A renúncia de Shtayyeh coloca um ponto de interrogação sobre o futuro da liderança palestina, estando agora nas mãos de Abbas aceitá-la ou solicitar que Shtayyeh continue no cargo até que um sucessor seja nomeado. Este movimento reflete a turbulência política interna palestina em um momento de crises múltiplas e desafios crescentes.
Assista ao vídeo:
O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, anunciou a renúncia do governo nesta segunda-feira (26) e colocou seu trabalho à "disposição do "presidente" Mahmoud Abbas. pic.twitter.com/hUNvHoy8RO
— Mídia Livre (@luizfratini) February 26, 2024