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Em uma ação que marca uma das fases mais críticas da investigação sobre tentativas de subversão da ordem democrática no Brasil, a Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão contra 16 militares, incluindo o general de quatro estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-comandante de Operações Terrestres e figura proeminente no Alto Comando do Exército até sua transferência para a reserva em novembro do ano passado. A operação revelou que Theophilo tinha um papel crucial em um esquema golpista destinado a manter Jair Bolsonaro no poder, envolvendo a mobilização de uma tropa de elite conhecida como "kids pretos" para prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo as investigações da PF, a trama golpista envolvia o emprego do Comando de Operações Especiais do Exército em ações contra a democracia, especificamente na detenção de figuras-chave do Judiciário brasileiro. A operação, denominada Tempus Veritatis, baseou-se em evidências coletadas, incluindo diálogos no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada, apontando a concordância de Theophilo com o golpe, condicionada à assinatura de um decreto presidencial por Bolsonaro.
Theophilo foi uma das visitas mais assíduas de Cid no batalhão do Exército em Goiânia, de acordo com a colunista Malu Gaspar,do jornal O Globo após a prisão do ex-ajudante de ordens no bojo das investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro.
A tentativa de golpe, discutida em uma reunião no Palácio da Alvorada em dezembro de 2022, contou com a presença de Bolsonaro, Theophilo, e outros comandantes das Forças Armadas, mas não encontrou respaldo institucional entre os militares. Apesar da gravidade das acusações e da tentativa de subversão da ordem democrática, as forças militares mantiveram-se alinhadas aos princípios constitucionais.
Theophilo, investigado por crimes contra o Estado Democrático de Direito, vem de uma família com forte presença no Exército e na política brasileira. Seu irmão, o general Guilherme Theophilo, teve participação ativa na segurança pública durante o governo Bolsonaro e possui uma carreira política pelo PSDB, evidenciando os profundos laços entre certos setores militares e políticos no contexto das recentes crises políticas no Brasil.
Esta operação da Polícia Federal lança luz sobre os perigosos planos de golpe de Estado e a instrumentalização das forças armadas em manobras antidemocráticas, ressaltando a importância da vigilância contínua das instituições e do compromisso com a manutenção da democracia.
Com informações de O Globo
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