A Ypê, conhecida fabricante brasileira de produtos de limpeza, enfrentou acusações de racismo após instalar uma escultura em Salvador, Bahia, que muitos interpretaram como uma representação racista. A obra, que mostrava uma mão segurando um limpador multiuso, foi colocada em um bairro de alto padrão na cidade. A controvérsia surgiu devido à percepção de que a mão representada na escultura tinha uma tonalidade que remetia à pele negra. Diante das críticas, a Prefeitura de Salvador agiu prontamente, removendo a peça.
Ivete Sacramento, Secretária Municipal da Reparação (Semur), expressou sua aprovação pela remoção da escultura em uma postagem no Instagram, declarando: "Racistas em Salvador não passarão! Removida." A situação ganhou notoriedade após a escritora e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Bárbara Carine, compartilhar um vídeo criticando a escultura e apontando para a perpetuação de estereótipos racistas.
A Ypê se defendeu, alegando que a escultura e todas as representações da "Mãozinha" estavam em conformidade com os padrões técnicos do Instituto Addams, detentor dos direitos autorais do personagem. A empresa afirmou que o instituto interpreta a Mãozinha como uma mão masculina adulta de pele branca e que todas as peças da campanha, incluindo a escultura, foram aprovadas.
A polêmica gerou um debate nas redes sociais, com a maioria dos usuários apoiando as críticas de Bárbara Carine. Alguns sugeriram que a peça poderia ser uma referência à Família Addams, mas essa interpretação foi questionada devido à falta de semelhança com as imagens do personagem.
A Ypê informou que a campanha, que também passou por São Paulo e Campinas, já foi encerrada. A empresa também foi mencionada nas notícias por uma doação de R$ 1 milhão para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.
*Com informações da Revista Fórum
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