O Ministério Público do Paraná (MP-PR) iniciou uma investigação sobre uma aula ministrada por Evandro Guedes, ex-policial militar e fundador da AlfaCon, uma instituição de ensino voltada para concursos policiais. O inquérito foi motivado por um vídeo de 2019, no qual Guedes, associado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), promove a prática de necrofilia em uma sala de aula. Nas imagens, ele descreve detalhadamente e com entusiasmo a violação de cadáveres femininos, minimizando a gravidade do ato e a penalidade legal correspondente.
Veja o vídeo:
IMPORTANTE: este cara do vídeo deu aula em um cursinho preparatório junto com o Eduardo Bolsonaro. Um dos ensinamentos que ele dá para os alunos é ABUSAR SEXUALMENTE DAS MULHERES MORTAS. Voltando à discussão de ontem sobre cristão poder ser comunista, eu questiono: e essa turma… pic.twitter.com/NHk4EO85kk
O MP-PR informou que o vídeo será anexado a um inquérito civil já em andamento contra a AlfaCon, que investiga comportamentos inadequados de outros professores da empresa. O objetivo é apurar alegações de violação de direitos, preconceito, discurso de ódio e incitação à prática de crimes.
Após a divulgação do vídeo, Guedes tentou se defender em uma transmissão ao vivo, mas suas explicações foram igualmente controversas. Ele chegou a declarar que um cadáver não seria mais considerado uma mulher, tentando justificar suas declarações como uma espécie de "ficção jurídica".
Assista:
Rapaz! O cara que defendeu abuso de mulheres mortas resolveu piorar a situação com desculpas ridículas.
Evandro Guedes me atacou dizendo que sou analfabeto, gordinho e colocou a culpa na esquerda. Justificou que uma mulher morta deixa de ser mulher. pic.twitter.com/sC1N8RBFPj
Guedes é conhecido por sua proximidade com a família Bolsonaro e tem um histórico de promover a violência em suas aulas. Ele já se vangloriou de atos de tortura e expressou racismo e transfobia em suas falas. Em um incidente de 2019, ele agrediu um aluno com um apagador e, posteriormente, fez comentários homofóbicos sobre o caso. Em 2020, ele relatou um episódio de sua época como policial militar no Rio de Janeiro, revelando prazer em atos de crueldade e violência.
Este caso levanta preocupações sérias sobre a conduta de educadores em instituições de ensino, especialmente aquelas que preparam candidatos para carreiras policiais, e a importância de monitorar e prevenir a propagação de discursos de ódio e violência.
*Com informações da Revista Fórum
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