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O Padre Julio Lancellotti, conhecido por sua incansável luta em defesa dos direitos humanos e dos mais necessitados, será investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das organizações não governamentais (ONGs) do Centro, uma iniciativa do vereador bolsonarista Rubinho Nunes (União Brasil), fundador do MBL. A CPI visa analisar o trabalho do padre na região central de São Paulo, com ênfase na Cracolândia, uma área que tem sido foco de atenção e assistência social por parte de Lancellotti e grupos como o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e o coletivo Craco Resiste.
Rubinho Nunes, alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu as assinaturas necessárias para instalar a CPI e planeja convocar o Padre Julio para depor. Nunes, em suas redes sociais, expressou descontentamento com o trabalho do padre, acusando-o de contribuir para a manutenção da situação crítica no Centro de São Paulo.
Em resposta, o Núcleo Nacional Política e Religião Teologia da Libertação lançou um abaixo-assinado pedindo que a convocação de Lancellotti seja anulada, argumentando que a ação do vereador é uma tentativa de intimidar e censurar um dos maiores defensores dos direitos humanos no Brasil. O texto do abaixo-assinado critica a postura de Nunes e ressalta a importância do trabalho humanitário do padre.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que regulamenta a Lei Padre Julio Lancellotti, proibindo arquitetura hostil e promovendo políticas de apoio à população em situação de rua. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) também instituiu o programa Pontos de Apoio da Rua (PAR), destinado ao cuidado e à higiene pessoal deste grupo, seguindo a política nacional para a população de rua.
O ministro Silvio Almeida anunciou um investimento federal de R$ 9 bilhões em políticas de atendimento à população com deficiência, enfatizando a moradia como uma questão central para qualquer política voltada para pessoas em situação de rua. Essas ações do governo Lula contrastam com a perseguição e a tentativa de censura enfrentadas por Lancellotti, refletindo o compromisso do atual governo com a justiça social e os direitos humanos.
*Com informações da Revista Fórum
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