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Em uma revelação impactante, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, expôs em uma entrevista a uma rádio argentina os riscos econômicos enormes que Javier Milei, candidato da La Libertad Avanza (LLA), traria para a Argentina. Milei, conhecido por suas posturas extremas, prometeu romper relações com a China e o Brasil, dois dos principais parceiros comerciais do país.
Milei, que se posicionou em segundo lugar no primeiro turno, tem sido vocal em sua oposição a líderes como Lula e aos chineses, propondo um alinhamento total com os Estados Unidos. Esta postura, além de ser uma afronta à diplomacia, revela uma falta de compreensão das complexidades das relações internacionais.
O chanceler Cafiero alertou que a proposta de Milei causaria um prejuízo de 22 bilhões de dólares à economia argentina, equivalente a uma queda de 5% do PIB do país. Essa perda significativa de receita de exportação seria um golpe devastador para a Argentina, já enfrentando desafios econômicos.
Cafiero criticou a abordagem de Milei, classificando-a como um capricho ideológico que prolongaria a escassez de dólares no país. Ele também destacou que agressões a países parceiros impactariam negativamente o comércio, mesmo que realizado por entidades privadas.
Além disso, Cafiero refutou as afirmações de Milei sobre romper laços empresariais com a China e outros países "comunistas", lembrando que até os Estados Unidos mantêm relações com a China. Ele concluiu que as propostas de Milei são impraticáveis e demonstram sua falta de habilidade política e compreensão da gestão pública.
Na visão de Cafiero, Milei pode ser um influenciador eficaz nas redes sociais, mas suas habilidades não se traduzem bem na política. Ele criticou a abordagem disruptiva e violenta de Milei, que, embora possa ganhar seguidores online, mostra muitas limitações quando aplicada à política.
*Com informações da Revista Fórum
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