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A emblemática Praça da República, coração de São Paulo, será palco de um ato histórico nesta quarta-feira (16), a partir das 16 horas. Em um gesto simbólico de resistência e união, manifestantes darão um abraço coletivo ao prédio da Secretaria Estadual da Educação, demonstrando sua insatisfação com a atual gestão.
Este movimento, que contará com a presença de professores, pais, servidores e diversas lideranças sociais, surge como resposta a uma série de escândalos que envolvem o secretário de Estado da Educação, Renato Feder, e o governador Tarcísio de Freitas, figuras que têm demonstrado total descompromisso com a educação pública de qualidade.
A deputada estadual Professora Bebel (PT), também presidente da Apeoesp, é uma das vozes mais ativas na organização deste ato. Ela destaca as inúmeras falhas e decisões questionáveis da atual gestão, como a recusa em utilizar 10 milhões de livros do PNDL, avaliados em R$ 120 milhões, que foram oferecidos sem custo pelo Governo Federal. Esta decisão, que teve repercussão até internacional, é um claro reflexo da falta de visão e comprometimento com a educação.
A gestão de Tarcísio, inicialmente, queria eliminar completamente o uso de livros físicos, forçando alunos a dependerem exclusivamente de tecnologia e internet. Após críticas, houve um recuo parcial, mas ainda assim optaram por gastar R$ 200 milhões em livros digitais, sem licitação. Uma decisão que, além de ignorar as limitações de acesso à tecnologia de muitos estudantes, levanta sérias questões sobre o uso adequado do dinheiro público.
E os escândalos não param por aí. Recentemente, a empresa Multilaser, pertencente ao secretário Renato Feder, foi proibida pela CGU de firmar novos contratos com o poder público, devido a falhas na entrega de notebooks para a UFPR. Em São Paulo, a empresa também falhou na entrega de equipamentos, mas, surpreendentemente, não sofreu penalidades.
Em meio a todos esses problemas, a deputada Bebel alerta para um corte de R$ 9 bilhões na Educação proposto pelo governador. Ela ressalta que a ideia de usar apenas material didático digital é contraproducente e vai contra tendências internacionais. Países como a Suécia, que tentaram essa abordagem, voltaram atrás devido aos prejuízos na aprendizagem.
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