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Medida visa retirar do mercado até 3,5% das ações preferenciais da empresa e aumentar o valor das ações remanescentes.
A Petrobras divulgou nesta sexta-feira (4) os detalhes de seu programa de recompra de ações, que representa uma proposta da gestão atual para direcionar os registros de dividendos distribuídos aos acionistas em gestões anteriores. Visando garantir a perenidade e a sustentabilidade financeira no curto, médio e longo prazo, a estatal planeja recomprar até 3,5% das ações preferenciais da companhia, o que corresponde a aproximadamente 157,8 milhões de ações, avaliadas atualmente em cerca de R$ 30 cada. O programa, se concretizado com base nos preços atuais, movimentaria cerca de R$ 5 bilhões, destaca o jornal Folha de S. Paulo.
A nova política de recompra de ações tem se tornado mais frequente em empresas do setor de petróleo, especialmente após os lucros recordes dos últimos anos. Em 2022, a Petrobras anunciou o maior lucro já registrado por uma empresa brasileira, atingindo a marca de R$ 188 bilhões.
Em teleconferência realizada nesta sexta-feira, o diretor Financeiro da estatal, Sérgio Caetano Leite, afirmou que o programa de recompra foi recomendável forma conservadora, com um volume relativamente pequeno das ações em circulação. A intenção é evitar grandes flutuações de preços e utilizar a recomendação como forma de remunerar os acionistas. Após a aquisição, as ações recompradas serão canceladas.
A Petrobras também anunciou recentemente sua nova política de remuneração aos acionistas, que incluía o montante a ser distribuído de 60% para 45% do fluxo de caixa livre, que é a diferença entre a geração de caixa e os investimentos realizados pela companhia no trimestre. No primeiro trimestre sob a nova política, estima-se que o valor distribuído tenha sido reduzido em R$ 5 bilhões, de acordo com cálculos do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Essa mudança nos dividendos foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras em reunião realizada na sexta-feira passada (28). A nova política se aproxima dos padrões de outras empresas internacionais do setor de petróleo, posicionando a Petrobras de forma mais estratégica com seus pares globais.
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