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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta sexta-feira (28) a redução da Selic, a taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. De acordo com o titular da pasta, está "mais do que na hora" de um alinhamento entre as políticas fiscal e monetária. "Os ventos estão favoráveis. O mundo olha para o Brasil com outros olhos, mas está mais do que na hora de alinharmos política fiscal e monetária para o País voltar a sonhar com dias melhores", disse em coletiva de imprensa no estado de São Paulo.
"No começo do ano, a pergunta era se o juro ia cair. Depois, passou a ser quando o juro ia cair. E, agora, quanto o juro vai cair", disse o ministro, que afirmou existir "muito espaço" para um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para a semana que vem. O Copom é ligado ao Banco Central (BC), presidido por Roberto Campos Neto. "A economia está sofrendo um processo de desaceleração por conta do juro real na casa de 10%, o que é quase o dobro do país que mais cobra juros depois do Brasil", afirmou Haddad.
Aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pressionam o dirigente do BC a baixar os juros, para aumentar o acesso ao crédito, o consumo e o crescimento econômico. Com a Selic alta, o crédito fica mais caro, as pessoas têm menos dinheiro para gastar, e a inflação baixa ou para de subir.
O presidente do BC tem dito que é preciso não deixar preços aumentarem no Brasil, uma das justificativas para a Selic alta. Mas, atualmente, os brasileiros ainda não retomaram as condições financeiras de dez anos atrás, quando a economia estava crescendo. Como a população não recuperou o dinheiro que tinha para gastar, terá menos renda, e a inflação não pode ficar alta.
Alta de juros para "segurar" os preços no Brasil funciona quando a demanda está alta. Se as pessoas têm acesso a crédito, a renda e a emprego, passam a ter maior poder de compra, mais dinheiro para despesas - neste cenário, a inflação aumenta, e o possível aumento da Selic passa a ser discutido com mais frequência entre analistas e dirigentes de autoridades monetárias como o Banco Central.
Na entrevista coletiva, o ministro da Fazenda comentou sobre algumas estatísticas referentes à economia brasileira. Duas agências - DBRS Morningstar (Canadá) e o dólar fechou no menor patamar desde abril de 2022 e o desemprego no Brasil atingir a menor taxa em nove anos. "Penso que, às vésperas de uma semana importante, diante da primeira reunião do segundo semestre do Copom, é importante salientar que o mundo inteiro já compreendeu que está acontecendo alguma coisa boa no Brasil", disse.
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