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Uma investigação da Polícia Federal sobre uma chacina cometida por policiais militares no Amazonas aponta tortura de crianças e adolescentes, execuções, asfixiamento com sacos plásticos e vítimas metralhadas.
A PF concluiu o relatório do caso em abril deste ano, com o indiciamento do coronel da PM Louismar Bonates, ex-secretário de Segurança Pública amazonense, acusado de ordenar a operação de extermínio. Também foi indiciado o ex-comandante-geral da PM do estado Ayrton Ferreira do Norte, que é acusado de comandar a ação.
A chacina ocorreu em agosto de 2020, em comunidades ribeirinhas e indígenas na região do rio Abacaxis, entre os municípios de Nova Olinda do Norte e Borba.
De acordo com a PM, a ofensiva policial teve início após um secretário da gestão estadual tentar entrar em terra protegida da União, sem autorização, para pesca esportiva. Ele alegou ter sido atingido por um disparo de arma de fogo e afirmou, segundo testemunhas ouvidas pela PF, que voltaria armado ao local.
Em seguida, um grupo de policiais foi à região, sem uniformes e sem mandados de busca ou de prisão, conforme a PF. Dois policiais foram baleados e morreram, e outros dois ficaram feridos.
A PM do Amazonas, então, desencadeou uma ação nas comunidades de combate ao tráfico de drogas. No entanto, o que houve, de acordo com a PF, foi uma ação de extermínio motivada por vingança.
A PF aponta crimes de homicídio qualificado, tortura, lesão corporal, roubo, ameaça, invasão de domicílio, incêndio criminoso, abuso de autoridade e associação criminosa.
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