Movimentos sociais, populares sindicalistas se manifestam na Avenida Paulista contra a alta taxa de juros!

Portal Plantão Brasil
21/3/2023 16:45

Movimentos sociais, populares sindicalistas se manifestam na Avenida Paulista contra a alta taxa de juros!

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919 visitas - Fonte: CUT Brasil

No ato pela redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano, e a favor da democratização do Conselho de Administração dos Recursos Fiscais (CARF), -, realizado nesta terça-feira (21), em São Paulo, o presidente da CUT nacional, Sérgio Nobre, ressaltou que um dos objetivos dos trabalhadores que batalharam para eleger Lula (PT) é a imediata mudança nos rumos da política monetária implementada pelo presidente do Banco Central (BC), Campos Neto. A atual política de juros altos privilegia apenas os mais ricos, disse.

Sérgio Nobre destacou que a eleição em outubro do ano passado foi para mudar o país com mais emprego, transporte e segurança, mas que com a atual taxa de juros, isso não será possível.

“Campos Neto é um sabotador do nosso país. Por isso, nós queremos dar o recado aqui: esses caras que estão reunidos nesse conselho monetário [Copom], dizem que são independentes, mas eles foram capturados pelo sistema financeiro”, disse o presidente da CUT se referindo ao Comitê de Política Monetária do BC, que está reunido para decidir se mantém a taxa, aumenta ou reduz. A reunião termina na noite desta quarta-feira (21).

“É tudo banqueiro e nós queremos fazer parte desse conselho junto com o povo que produz. Não pode ser apenas banqueiros mexendo na taxa de juros”, acrescentou.

"A visão de Brasil deles e a economia deles foram derrotadas em outubro. E [eles] têm que ter vergonha na cara, pegar o boné e ir embora. Fora Campos Neto, sanguessuga da classe trabalhadora" - Sérgio Nobre



O presidente do BC se mantém à frente do comando do banco porque a instituição se tornou autônoma em 2021, o que impede mudanças na sua direção por parte do novo governo. O mandato de Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), termina só no dia 31 de dezembro de 2024.

O ato pela queda dos juros que reuniu representantes das centrais sindicais: Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical, A Pública -, e movimentos sociais como o Povo sem Medo e Frente Brasil Popular. Em todo o país foram realizados protestos.



O tom dos discursos de representantes dos sindicatos e das demais centrais no ato em São Paulo, foi crítico ao rentismo, à administração de Campos Neto que privilegia os mais ricos com as taxas altas de juros que favorecem a especulação financeira em detrimento da maioria do povo brasileiro que tem de pagar mais de 400% ao ano dos juros do cartão de crédito rotativo, nas prestações da casa própria ou de qualquer outro bem comprado em parcelas.

A presidenta da Contraf-CUT e vice presidenta da Central Única dos Trabalhadores, Juvandia Moreira, reforçou que somente com a queda dos juros a economia do país voltará a crescer, beneficiando a maioria do povo brasileiro.

“Essa luta contra a alta do juro é sua, é nossa. Essa luta vai definir se a gente vai ter emprego amanhã, ou não. Se vamos ter renda, ou se não gente vai estar na rua sem lugar para morar. Para ter um país melhor é preciso que o presente do Banco Central reduza a taxa de juros. É essencial para o povo, para que a economia cresça”, disse.

Em seu discurso, a dirigente ressaltou que os juros altos encarecem toda a economia, o governo gasta mais e tem menos dinheiro para construir escolas, creches hospitais, e outros investimentos públicos, além do povo ter de pagar mais na compra de um produto ou na obtenção de crédito. O povo gasta mais para comprar geladeira e televisão; vai pegar empréstimo fica mais caro e isso é culpa do Banco Central.

Juvandia foi uma das críticas à atual direção do BC que Lula só poderá mudar os nomes em 2024. Até lá, o país terá de conviver com a política econômica do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes e do antecessor de Lula, que sempre privilegiou o rentismo, o capital em detrimento do desenvolvimento do país com distribuição de renda e investimentos sociais. Por fim, Juvandia convocou a população a procurar deputados e senadores para que convoquem o presidente do BC para explicar no Congresso Nacional a atual taxa de juros.

“Entre nas redes sociais, compartilhe comente, conversa com seu deputado, com o seu senador. Esse cara que está aí [Campos Neto] não representa a vontade do povo brasileiro. A vontade do povo brasileiro é um Brasil que cresça, gere emprego e renda, com crédito acessível, com emprego para que possa viver bem”, concluiu.

Durante o ato, os manifestantes fizeram um churrasco de sardinha, numa metáfora para o pequeno, o mais pobre, que é devorado pelos tubarões - os ricos do país.


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