Lula afirma que seu governo vai ´´desarmar a bomba`` de inclusão de beneficiários ao Auxílio Brasil

Portal Plantão Brasil
2/12/2022 18:48

Lula afirma que seu governo vai ´´desarmar a bomba`` de inclusão de beneficiários ao Auxílio Brasil

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5832 visitas - Fonte: Brasil 247

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta sexta-feira (2) sobre a inclusão pelo governo de Jair Bolsonaro de cerca de 2,5 milhões de beneficiários únicos no programa Auxílio Brasil às vésperas da eleição.

Durante entrevista coletiva em Brasília, Lula foi questionado pelo jornalista do Brasil 247 em Brasília, Marcelo Auler, como o governo lidaria com esta "armadilha" deixada pelo governo Bolsonaro. "Se isso é uma bomba armada, nós somos especialistas em desarmar bombas. Nós não vamos deixar a bomba explodir", disse Lula, acrescentando que todas aquelas pessoas que necessitam efetivamente receber o auxílio e tiverem direito continuarão recebendo, mas haverá mais critério na concessão dos benefícios.

Lula mencionou a irregularidade envolvendo o bolsonarista Ranier Felipe dos Santos Lemache, que agrediu verbalmente o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil durante jogo da Copa do Catar. “Eu vi esses dias na televisão que o cidadão que ofendeu Gilberto Gil no Catar é dono de um grupo de pizza, mora em Miami e recebia o Auxílio Brasil”, afirmou o presidente eleito, mencionando ainda o caso do bolsonarista Cássio Joel Cenali, que humilhou uma eleitora do PT ameaçando cortar uma marmita distribuída semanalmente a ela.

O grupo de desenvolvimento social e combate à fome do governo de transição identificou que houve a inclusão de cerca de 2,5 milhões de beneficiários únicos no programa Auxílio Brasil às vésperas da eleição. Por causa do crescimento atípico desse tipo de cadastro, o colegiado decidiu acionar os órgãos de controle e o Tribunal Superior Eleitoral para que se averigue se houve abuso de poder político e econômico por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). Coordenador técnico da transição, Aloizio Mercadante afirmou que foi determinada a exclusão de 1 milhão de beneficiários irregulares em janeiro, e 1,5 milhão em fevereiro.

Lula diz esperar que Congresso aprove PEC “do jeito que nós queremos”, mas pode negociar
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira que o Congresso aprove a PEC da Transição “do jeito que nós queremos”, mas ponderou que o governo eleito sabe negociar se necessário.

“Eu espero que o Congresso Nacional, a Câmara e o Senado, tenham sensibilidade e possam votar (a PEC) do jeito que nós queremos. Se precisar de algum acordo, nós também sabemos negociar”, disse em entrevista a jornalistas na sede da transição de governo.

O presidente eleito afirmou que não há um valor mínimo defendido pela transição para o texto, argumentando que não poderia ceder de sua proposta principal antes “do limite da negociação”.

O texto original protocolado no Congresso prevê autorização para um aumento de gastos por fora da regra do teto em até 198 bilhões de reais em 2023. A medida proposta valeria por quatro anos.

"Até agora, não há sinal de que as pessoas querem mudar a PEC. As pessoas sabem que não é o governo que precisa dessa PEC, o Brasil precisa dessa PEC. Quem deveria ter colocado a quantidade de recurso no Orçamento é o atual governo, o que ele está fazendo é tirar mais dinheiro", afirmou.

Apesar da declaração do petista, parte dos parlamentares se posicionou contra a dimensão do plano, forçando o governo de transição a negociar o valor e o prazo de vigência da PEC.

Articuladores políticos do PT já começaram a reconhecer flexibilizações no texto, colocando como limite mínimo um valor de 150 bilhões de reais e um prazo de dois anos de vigência.

Na entrevista, Lula disse ainda que não há espaço para discutir emendas parlamentares na PEC. Ele também defendeu que haja transparência nesses gastos, após as emendas de relator terem ficado conhecidas como orçamento secreto.

"Eu fui deputado, eu sempre fui favorável que o deputado tenha emenda, mas é importante que ela não seja secreta", disse.

Um dos pontos da PEC libera gastos fora do teto em obras públicas usando como fonte parte das receitas extraordinárias do governo. Parlamentares negociam uma possível alteração no texto para que essa medida tenha validade já em 2022, o que permitiria um desbloqueio de emendas parlamentares ainda neste ano.

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