408 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, nesta terça-feira (5), de almoço com empresários paulistas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. José Roberto Ermírio de Moraes – presidente do Conselho Superior de Economia da Fiesp – e economistas como André Lara Resende e Paulo Rabelo de Castro, entre outros, estarão no almoço, assim como o pré-candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).
As diretrizes que vão basear o programa de governo de Lula e da aliança dos sete partidos que compõem a frente em seu apoio vão estar no cardápio do almoço na Fiesp. Lula tem estreitado o diálogo com o chamado PIB nas últimas semanas. Na terça-feira da semana passada (28), também em reunião fechada com empresários, disse-lhes que não será imprevisível na área econômica.
O almoço na Fiesp desta terça é também marcado por reunir Lula e o novo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, vice-presidente da República nos dois mandatos do petista, de 2003 a 2010, que morreu em 2011. Em 2017, Lula visitou a Coteminas, empresa que era de Alencar e naquele ano já era administrada por Josué.
Fim de 17 anos de Skaf
O presidente da Fiesp é apontado como um empresário discreto, que, ao contrário do pai, não gosta tanto de política, embora tenha se candidatado ao Senado em 2014, sendo derrotado pelo então tucano Antonio Anastasia. Por outro lado, é um homem de diálogo, diferentemente de Paulo Skaf, ex-presidente da federação. Skaf comandou a entidade por 17 anos.
Em fevereiro, recém-empossado menos de dois meses antes, Josué já se reuniu com dirigentes de centrais. Na ocasião, segundo a Folha de S. Paulo, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, declarou que o encontro era “muito simbólico” e representava “esperança”, dada a situação do país com Jair Bolsonaro.
Segundo um interlocutor de Lula, mesmo evitando se envolver diretamente com política, Josué Gomes da Silva “é um democrata, preocupado com a indústria paulista, que dará nova dinâmica à Fiesp”, já que Skaf “ficou refém de Bolsonaro e sequer atendia as centrais”. Nesse sentido, a relação entre centrais e a Fiesp volta a ser “civilizatória”. A gestão de Paulo Skaf ficou marcada pelo pato inflável da campanha contra e ex-presidente Dilma Rousseff.
Mais à frente, Lula deve voltar à Fiesp, mas neste caso já no contexto de uma série de reuniões da entidade com os principais pré-candidatos a presidente. A do petista será em 9 de agosto. O encontro com Ciro Gomes (PDT) é previsto para 27 de julho e com Simone Tebet (MDB), para 1º de agosto.
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