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No começo deste mês o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin revelou a construção de uma aliança com líderes religiosos para combater a fake news nas eleições. Entre os objetivos de Fachin, estava o de conseguir a assinatura de líderes evangélicos da base bolsonarista, mas não obteve sucesso.
Dos 33 líderes ou representantes de entidades religiosas, o ministro Edson Fachin conseguiu o apoio de apenas 13 nomes. Fachin esperava contar com o apoio do empresário Carlos Wizard e do líder da bancada evangélica, o deputa Sóstenes Cavalcante (União Brasil-RJ).
As principais lideranças das igrejas evangélicas também não assinaram, entre eles, o bispo Adner Ferreira, presidente da Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, o pastor Samuel Câmara, presidente da Convenção da Assembleia de Deus do Brasil (CADB) e o bispo Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas.
Apesar disso, o documento do TSE recebeu o apoio dos juristas evangélicos, islâmicos, espíritas, judeus, budistas e representantes das religiões afro-brasileiras.
O principal objetivo do TSE é reduzir a resistência ao sistema de voto e manter e derrubar fake news que coloquem em dúvida a confiabilidade nas urnas eletrônicas, porém, as entidades religiosas afirmaram que não vão entrar no debate sobre as urnas.
Assinaram o termo:
-Márcio de Jagun, fundador do Instituto Orí
-Nilce Naira, coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde
-Keizo Doi, monge regente do Templo Shin Budista Terra Pura
-David Raimundo Santos, fundador da ONG Educafro
-Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB
-Hélio Ribeiro, vice-presidente da Ajebrasil (Associação Jurídico-Espírita do Brasil)
-Edna Zilli, presidente da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos)
-Stéfanne Amorim Ortelan, encarregada de política de proteção de dados da Aneasd (Associação Nacional de Entidades Adventistas do Sétimo Dia)
-Thiago Crucitti, diretor-executivo da ONG Visão Mundial
-Welinton Pereira da Silva, diretor de relações institucionais da ONG Visão Mundial
-Daniel Bialski, primeiro vice-presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil)
-Girrad Mahmoud Sammour, presidente da Anaji (Associação Nacional de Juristas Islâmicos)
-Desembargador federal do TRF 2ª William Douglas
Pastor Silas Malafaia debocha do documento
O pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, comemorou o fato de a maioria dos líderes evangélicos não terem assinado o documento.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Malafaia chama o ministro Edson Fachin de "esquerdopata de carteirinha" e convoca os evangélicos a boicotarem o documento.
Alerta aos líderes religiosos! O ministro Fachin pensa que somos idiotas? pic.twitter.com/OiLpQAydNq
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) June 6, 2022