Exército tira o corpo fora de busca de indigenista e jornalista na Amazônia, pois não recebeu ordens de Bolsonaro

Portal Plantão Brasil
7/6/2022 10:24

Exército tira o corpo fora de busca de indigenista e jornalista na Amazônia, pois não recebeu ordens de Bolsonaro

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Uma nota do Comando Militar da Amazônia (CMA), divisão do Exército Brasileiro que abrange os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, sobre o caso do desaparecimento do jornalista britânico Dom Philips, do The Guardian, e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, da Funai, ocorrido numa área de floresta do Vale do Javari (AM), mostrou claramente que a instituição militar “lavou as mãos” em relação ao ocorrido e ainda por cima jogou a responsabilidade pela inércia da corporação no presidente Jair Bolsonaro. Os dois desaparecidos são procurados pela Marinha e pela Polícia Federal.


“Em resposta a demanda sobre o caso do desaparecimento de um indigenista e um jornalista inglês na região amazônica, o Comando Militar da Amazônia (CMA) está em condições de cumprir missão humanitária de busca e salvamento, como tem feito ao longo de sua história, contudo as ações serão iniciadas mediante acionamento por parte do Escalão Superior. Agradecemos a confiança depositada nas Forças Armadas”, diz a nota direcionada à imprensa, que deixa claro de quem é a responsabilidade pela não entrada do Exército na operação de busca por Philips e Pereira.


Presume-se pelo texto que, tanto o comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, quanto o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e em último caso o presidente da República, Jair Bolsonaro, que constitucionalmente é o comandante-em-chefe das Forças Armadas, não deram qualquer ordem para que o ramo terrestre de nossos militares tomasse frente das ações, visto sua expertise em áreas de densa vegetação em meio à maior floresta tropical do planeta.

Na internet, a nota “provocativa” e “desumana” do CMA causou profunda consternação, já que demonstra total falta de pressa e tranquilidade diante de um episódio tão dramático e urgente. Veja a reação de alguns usuários do Twitter frente ao texto:


"Até agora não houve acionamento do ’Escalão Superior’ para encontrar/possivelmente salvar o indigenista Bruno Araújo e o jornalista inglês do jornalista Dom Philips. Como Presidente, Bolsonaro é o chefe das Forças Armadas. É o responsável direto pelas consequências!"

"Podemos até fazer, mas vamos continuar aqui pintando meio fio até alguém mandar."

"Que loucura... O governo quer que eles sumam. Não estão nem fingindo. Qualquer governo minimamente democrático, de Collor a Dilma, colocaria uma operação de busca com tudo."

"Entendo que para o "escalão superior", o desaparecimento de "indesejáveis" é uma vitória política. Sim, política. Os militares brasileiros só sabem fazer política, cumprir o dever institucional das FA fica em segundo plano."

"Escalão Superior: os garimpeiros na figura do presidente."

"Nossa, mas essa galera não serve para absolutamente NADA. Mais um motivo para extinção das Forças Armadas."


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