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O ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, encaminhou ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, um ofício pedindo que todos os documentos que foram trocados entre as Forças Armadas e a corte eleitoral sejam liberados.
Segundo o jornalista Caio Junqueira, da CNN, o documento pode desgastar a relação entre as instituições, pois registra que o TSE não atendeu a um pedido de audiência do ministro.
A ideia é disponibilizar todas as sugestões que foram feitas no âmbito do Comitê de Transparência Eleitoral, colegiado do TSE que debate medidas para aperfeiçoar o sistema eleitoral. Assim, com a eventual disposição dos dados, as Forças Armadas pretendem tornar públicas todas as sugestões que foram feitas e como a corte se posicionou em relação a elas.
No último dia 25, foi revelado o documento “Plano de Ação para a Ampliação da Transparência do Processo Eleitoral”, no qual constavam sugestões de todos os participantes do comitê. Dentre elas, as que foram feitas pelo comandante cibernético do Exército, general Heber Portella.
Segundo o jornalista, na avaliação de militares, o Plano de Ação, sintetizado pelo TSE, não é transparente referente a tudo o que foi apresentado pela Defesa e pode gerar interpretações equivocadas. Um dos incômodos estaria relacionado a “contagem paralela” dos votos por militares, método defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) mas que militares afirmam nunca ter sugerido.
O ofício registra ainda que o ministro da Defesa pediu a Fachin uma audiência para expor a situação, mas que não foi atendido.
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