2/1/2022 08:55

Estadão não aprendeu com erros e reedita editorial da ´´Escolha muito difícil``

429 visitas - Fonte: Portal Fórum

Enquanto nas redes sociais há um clima de esperanças com a chegada de 2022, ano eleitoral, o jornal Estado de S. Paulo fez questão de demostrar que não aprendeu nada com os tenebrosos anos de Jair Bolsonaro (PL). Em editorial publicado neste sábado (1º), o Estadão indicou que deve reeditar o texto da “escolha muito difícil” em um eventual embate entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT).



Apesar de o jornal dizer que é hora de aprender “com os erros do passado”, o Estadão volta a igualar Bolsonaro e Lula. “Lula e Bolsonaro têm muitas diferenças, mas possuem uma radical semelhança: os dois são parte do problema, tendo contribuído, cada um a seu modo, para a atual crise social, econômica, política, cívica e moral”, afirma o editorial deste 1º de janeiro.

“Um dos aspectos mais perversos da similaridade entre Lula e Bolsonaro é o modo como tratam as classes mais pobres. Uma vez que medem tudo pelo interesse eleitoral, a vulnerabilidade social, em vez de ser enfrentada responsavelmente, é usada como oportunidade eleitoreira”, afirma o jornal. O texto do Estadão explicita seu preconceito com as classes populares, ao tratá-las como massa de manobra.



O elitismo do Estadão talvez tenha a ver com o fato de que Lula lidera com larga vantagem entre aqueles que ganham até 2 salários mínimos. Segundo o último Datafolha, nessa enorme fatia da população, 56% afirmam que irão votar em Lula, enquanto apenas 16% escolhem Bolsonaro como candidato. Entre aqueles que declararam ter menos quantidade de comida em casa do que o necessário, Lula aparece com 62% de apoio, escancarando a tragédia social do governo Bolsonaro.

O legado dos governos do PT, que combateram a desigualdade e tiraram o Brasil do Mapa da Fome, não parece entrar na conta do Estadão.

Com essa postura, o jornal indica que pretende repetir em 2022 a postura que adotou em 2018, quando disse que era uma “escolha muito difícil” o embate entre Bolsonaro e o ex-ministro Fernando Haddad (PT). O salto dessa escolha difícil são 619 mil mortes para a Covid-19, o aumento do desemprego, o retorno da fome e uma constante ameaça de golpe de Estado.

EDITORIAL | A responsabilidade do País: O ano de 2022 é desafiador. O País será capaz de enfrentar responsavelmente os seus problemas? Talvez o grande perigo seja repetir erros do passado, insistindo em opções populistas. https://t.co/L0HVYrwjY1 pic.twitter.com/xWBHdfmP6a

— Estadão (@Estadao) January 1, 2022

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