Mudanças climáticas trazem efeitos dramáticos sobre a Europa. O tom vai subir contra Bolsonaro

Portal Plantão Brasil
16/7/2021 10:37

Mudanças climáticas trazem efeitos dramáticos sobre a Europa. O tom vai subir contra Bolsonaro

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1029 visitas - Fonte: O Globo

BERLIM — As autoridades europeias alertaram para a necessidade de comprometimento com a luta contra o aquecimento global para frear tragédias como as chuvas torrenciais na Alemanha, na Bélgica e na Holanda. Segundo os cálculos, há ao menos 117 mortos, em sua grande maioria no Oeste alemão, e 1,3 mil desaparecidos, naquela que é a maior tragédia climática na região em mais de um século.







Devido às enchentes, montanhas desabaram, rios transbordaram e invadiram cidades, casas foram destruídas, carros foram arrastados, árvores arrancadas e estruturas de construções públicas desabaram. A repórteres, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que isso é um "claro sinal" da necessidade de se agir urgentemente:



— É a intensidade e a dimensão dos eventos que a ciência nos diz ser um claro sinal da mudança climática e da necessidade de ações urgentes — afirmou.









O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, similarmente, fez um apelo por comprometimento com o combate à crise ambiental, dois dias após a União Europeia anunciar um ambicioso plano para sua transição verde:







— Apenas se nos comprometermos de forma incisiva com a luta contra a mudança climática, poderemos controlar condições meteorológicas extremas como as que vivemos atualmente — disse ele.







A situação é mais crítica no estado alemão da Renânia-Palatinado, onde o governo local estima que o número de mortos ultrapassa 60, de acordo com autoridades locais. A situação é particularmente grave no pequeno município de Schuld, onde várias casas desabaram e há dezenas de desaparecidos.







As autoridades locais decretaram estado de catástrofe e pediram que as pessoas ficassem em casa, de preferência em locais mais altos da residência. Helicópteros foram acionados para os trabalhos de resgate. Dois bombeiros morreram durante as buscas nas cidades de Altena e Werdohl.



Na Renânia do Norte-Vestfália, outro estado bastante afetado, já são ao menos 43 mortes. As autoridades decretaram estado de catástrofe e pediram que as pessoas ficassem em casa, de preferência em locais mais altos da residência. Helicópteros foram acionados para os trabalhos de resgate, que contam com cerca de mil pessoas.



— Nosso estado está vivendo uma enchente catastrófica de dimensões históricas — disse o premier estadual, Armin Laschet, citando destruição significativa em 23 cidades e distritos rurais.



Em uma postagem em sua página do Facebook, o distrito de Bad Neuenahr-Ahrweiler, ao Sul da capital estadual Colônia, afirmou que há cerca de 1,3 mil pessoas desaparecidas.







A rede de telefonia móvel colapsou em partes do país e cerca de 114 mil domicílios sem energia, então as autoridades esperam que estas pessoas estejam simplesmente inacessíveis devido a problemas de comunicação. Várias estradas também foram destruídas, e muitos lugares só são acessíveis por botes.



Dois bombeiros morreram durante as buscas nas cidades de Altena e Werdohl. Em Sinzig, ao menos 12 moradores de uma casa para pessoas com deficiência morreram.



A chanceler alemã, Angela Merkel, que visitou Washington na quinta, expressou seu pesar àqueles que perderam entes queridos, e agradeceu aos milhares de voluntários. Ela prometeu o apoio do governo alemão para as regiões afetadas.



— Tudo o que puder ser feito, onde quer que possamos ajudar, nós faremos — disse ela, acrescentando que a Alemanha recebeu ofertas de ajuda de seus parceiros europeus.









Na Bélgica, há pelo menos 14 mortos, e outras quatro pessoas desaparecidas, com as regiões sul e leste do país foram as mais afetadas. Em Eupen, um jovem de 22 anos foi levado por um rio e, em Aywaille, ao sul de Liège, um homem de 50 anos afogou-se no porão de sua casa, conforme informou a emissora RTBF.







A Força de Defesa do país disse que deslocou helicópteros e pessoal para ajudar nos esforços de resgate, em meio a relatos de que o rio deveria subir vários metros, ameaçando uma barragem. O governo da França também enviou cerca de 40 soldados e um helicóptero para a região belga de Liège, disse o primeiro-ministro francês, Jean Castex.



As autoridades alemãs e belgas ordenaram também o reforço das represas e diques. Ainda assim, uma represa perto da fronteira entre os dois países voltou a transbordar nesta sexta-feira. As chuvas também causaram devastação em Luxemburgo e na Suíça.



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