Na transmissão ao vivo, Bolsonaro diz que, se Lula vencer eleições sem voto auditável, pode haver convulsão social no Brasil

Portal Plantão Brasil
17/6/2021 22:21

Na transmissão ao vivo, Bolsonaro diz que, se Lula vencer eleições sem voto auditável, pode haver convulsão social no Brasil

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1788 visitas - Fonte: UOL

Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançou dúvidas sobre a urna eletrônica e o sistema eleitoral brasileiro, sem mostrar nenhuma prova ou indício. Bolsonaro voltou a defender a adoção do voto impresso e insinuou que, se o ex-presidente Lula vencer as próximas eleições presidente, o país pode ter uma "convulsão" social.



Em sua live semanal nas redes sociais, o presidente comentou falas do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, de que o voto impresso não será adotado. Bolsonaro defende que o Congresso Nacional aprove uma emenda à Constituição para mudar a votação.







"Vamos respeitar o parlamento brasileiro, caso contrário teremos dúvida nas eleições. Podemos ter um problema seríssimo no Brasil, pode um lado ou outro não aceitar, criar uma convulsão no Brasil", disse.



Ainda neste tema, Bolsonaro fez referências à saída de Lula da cadeia, sem citar o nome do petista, e às posteriores decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que tornaram o ex-presidente novamente elegível. Ainda remetendo-se a Barroso, o presidente insinuou: "Ou a preocupação dele é outra? Voltar aí aquele cidadão, o presidiário, para comandar o Brasil? Se tira o presidiário da cadeia, ato contínuo, tornam-o elegível, para não ser presidente?".



Este mês, Barroso se manifestou sobre declarações como a do presidente e afirmou que "o discurso dos políticos foi mudando". "Primeiro queriam cédulas, depois queriam voto impresso e, agora, querem voto auditável. Eu acho, sim, que o voto impresso vai criar um risco imenso de judicialização do resultado das eleições", disse Barroso, em entrevista à GloboNews no último dia 5.







Ataques ao ministro Barroso



Por iniciativa de aliados do presidente, a Câmara dos Deputados começou a discutir uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adota o voto impresso para urnas eletrônicas.



Para Bolsonaro, Barroso tem feito "carga contra" a proposta e insinuou —sem mostrar qualquer tipo de evidência— que o interesse do magistrado seria beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



O presidente criticou Barroso, chamando-o de "péssimo exemplo" para todos por decisões que têm tomado no STF.



Também sem mostrar provas, o presidente disse que o ex-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves venceu a eleição presidencial de 2014. Bolsonaro já vinha afirmando, também sem apresentar provas que diz ter, que venceu a eleição de 2018 já no primeiro turno.







Não há prova de fraude nas urnas eletrônicas



Bolsonaro tem feito a defesa da adoção do voto eletrônico com impressão de cédulas, apesar de nunca ter havido qualquer tipo de fraude comprovada nas urnas eletrônicas em mais de 20 anos de uso no país.



Desde a adoção das urnas eletrônicas no Brasil, em 1996, nunca houve nenhuma comprovação de fraude nas eleições. Essa constatação foi feita não apenas por auditorias realizadas pelo TSE, mas também por investigações do MPE (Ministério Público Eleitoral) e por estudos matemáticos e estatísticos independentes.



Além disso, as urnas eletrônicas são auditáveis e este procedimento é feito durante a votação. O processo é chamado Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas (ou "votação paralela"). Na véspera da votação, juízes eleitorais de cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazem sorteios de urnas já instaladas nos locais de votação para serem retiradas e participarem da auditoria.



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