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O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, em mensagens trocadas por WhatsApp em maio do ano passado com o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), discutiu estratégias para destituir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Este diálogo consta no inquérito dos atos “antidemocráticos” e ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes suspender o decreto de nomeação do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, ligado à família Bolsonaro, para a direção-geral da Polícia Federal.
Fakhoury defendeu “criar uma nova Corte Constitucional nos moldes da americana”. “O STJ e o STF passaram a ser instância recursal para tudo no Brasil e virou essa salada e esse extremo de poder que eles têm”, afirmou o empresário, que propôs a troca dos atuais ministros através de uma ‘saída plebiscitária’ para dissolver a alta instância do Poder Judiciário.
Ele ainda defendeu, para o Congresso não vetar a proposta, que a medida provisória “deveria ser editada pelo presidente para que ele pudesse, na sequência, convocar o plebiscito”.
E também destacou que isso deveria ser imposto através “apoio armado” e “popular”.
“Eu entendo que é uma coisa bem difícil a cassação dos ministros. Seria essa outra proposta que você mencionou que também tem suas dificuldades, que precisa ter apoio das Forças Armadas para que possa ir adiante e… não sei como. A gente discute lá outras formas para ver se… Tudo envolve apoio popular e vai acabar envolvendo apoio armado também né. Apoio das Forças de Segurança do Brasil”, pondera.
“Ato institucional sim, teriam que ter apoio das FFAA [Forças Armadas]”, continua.
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