Ministro Ricardo Salles, depois da operação da PF, se encontrou com Bolsonaro e com o Ministro da Justiça

Portal Plantão Brasil
19/5/2021 17:41

Ministro Ricardo Salles, depois da operação da PF, se encontrou com Bolsonaro e com o Ministro da Justiça

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927 visitas - Fonte: Metrópoles

Horas após ser alvo de operação da Polícia Federal, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se reuniu conjuntamente, na manhã desta quarta-feira (19/5), no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Justiça, Anderson Torres, a quem a corporação é vinculada.







Segundo ao menos três fontes do governo ouvidas pelo Metrópoles, o encontro ocorreu por volta das 9h, quando endereços ligados a Salles já tinham sido alvo de mandados de busca e apreensão por parte de agentes da PFl.



Auxiliares presidenciais dizem que Salles e Torres teriam ido explicar pessoalmente a Bolsonaro a operação Akuanduba, que apura supostos crimes ambientais e contra a administração pública.



Apesar da operação, ministros do governo dizem que Salles continua tendo aval de Bolsonaro para seguir no cargo. Esses ministros admitem, porém, que a operação fez aumentar a pressão interna no Executivo pela troca do titular do Meio Ambiente, sobretudo de militares que atuam no Planalto.







O que é a Operação Akuanduba



A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Akuanduba, que investiga crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.



Além das buscas, o STF determinou o afastamento preventivo de 10 agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança no Ministério do Meio Ambiente e no Ibama, entre eles, o presidente do órgão. E, ainda, a suspensão imediata da aplicação do despacho emitido em fevereiro de 2020 pelo Ibama, que, contrariando normativos e pareceres técnicos do órgão, permitiu a exportação de produtos florestais sem a necessidade da emissão de autorizações para exportação.



O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, estão entre os alvos da operação. Bim foi afastado do cargo.







Após o início da operação, Salles foi à Superintendência da PF, em Brasília, por conta própria, ainda pela manhã. Pelo menos 160 policiais federais cumpriram 35 mandados de busca e apreensão no DF e nos estados de São Paulo e do Pará. Entre os endereços, estão a sede do Ibama, o Ministério do Meio Ambiente e o apartamento de Salles, em São Paulo.



As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).



Estima-se que o referido despacho, elaborado a pedido de empresas que tiveram cargas não licenciadas apreendidas nos Estados Unidos e na Europa, resultou na regularização de mais de 8 mil cargas de madeira exportadas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020.



A quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro e dos servidores investigados também foi autorizada pelo Supremo. As averiguações tiveram início em janeiro deste ano a partir de informações obtidas com autoridades estrangeiras, que noticiaram possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.



Até o momento, além do presidente do Ibama, outros servidores foram afastados do órgão e do Ministério do Meio Ambiente:



Eduardo Bim

Leopoldo Penteado

Vagner Tadeu Matiota

Olimpio Ferreira Magalhães

João Pessoa Riograndense Moreira Jr

Rafael Freire de Macedo

Leslie Nelson Jardim Tavares

Andre Heleno Azevedo Silveira

Arthur Valinoto Bastos

Olivaldi Alves Azevedo Borges



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