Para Onyx Lorenzoni, pedir o direito de ficar calado em CPI é coisa só para bandido

Portal Plantão Brasil
13/5/2021 21:57

Para Onyx Lorenzoni, pedir o direito de ficar calado em CPI é coisa só para bandido

0 0 0 0

5920 visitas - Fonte: UOL

Uma publicação feita em 2015 pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, voltou a ser compartilhada hoje depois que a AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou um habeas corpus para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, possa ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI da Covid, marcado para o próximo dia 19.







Na postagem, que data de 11 de maio de 2015, Onyx comentava sobre a oitiva de Nestor Cerveró à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras. À época, o ministro ainda era deputado federal pelo Rio Grande do Sul e fazia oposição ao governo de Dilma Rousseff (PT).



"Cerveró ouviu de mim que em CPI quem se vale do direito ’ficar calado’ tem coisa a esconder. Só bandido usa disso", escreveu Onyx.







Não foi a única vez que o ministro defendeu essa posição e reclamou de depoentes que ficam em silêncio. Antes, em 2014, ele já havia publicado: "CPI da Petrobras — toda vez que um bandido veio à CPI, quis ficar calado".











Depois, novamente em 2015, Onyx voltou a chamar de "bandidos" quem se vale do direito de ficar em silêncio em uma CPI.

"Questionei Duque sobre o fato e ele preferiu se calar. Todos os bandidos que usaram o direito ao silêncio na CPI já foram ou estão presos", repetiu, em provável referência a Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que também foi convocado a depor.











Caso Pazuello



No habeas corpus apresentado hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal), a AGU pede que o ex-ministro Pazuello possa ficar em silêncio e "não sofra ameaças" durante o seu depoimento na CPI da Covid. O ministro Ricardo Lewandowski será o relator da ação na Corte.



A CPI investiga ações e eventuais omissões do governo federal em meio à pandemia, além de fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios. A oitiva de Pazuello estava originalmente marcada para semana passada, mas foi adiada porque o general disse ter tido contato com pessoas infectadas pelo coronavírus e, portanto, deveria ficar em isolamento.







No documento de 25 páginas, ao qual o UOL teve acesso, a AGU argumenta ter "receio da prática de ato ilegal no âmbito da CPI" e cita ainda supostas declarações de membros da comissão que, caso confirmadas, diz o órgão, "configurariam verdadeiro constrangimento ilegal".



Como constrangimento, o documento cita o episódio em que senadores discutiram a prisão do ex-secretário Fabio Wajngarten, ouvido ontem.



"A AGU pede que seja garantido o direito ao silêncio, no sentido de não produzir provas contra si mesmo e de somente responder às perguntas que se refiram a fatos objetivos, eximindo o depoente da emissão de juízos de valor ou opiniões pessoais", explicou a AGU em comunicado.



Mais cedo, um advogado independente já havia entrado com habeas corpus em favor de Pazuello. Lewandowski também será o relator desta ação.



APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.



O Plantão Brasil é um site independente. Se você quer ajudar na luta contra o golpismo e por um Brasil melhor, compartilhe com seus amigos e em grupos de Facebook e WhatsApp. Quanto mais gente tiver acesso às informações, menos poder terá a manipulação da mídia golpista.


Últimas notícias

Notícias do Flamengo Notícias do Corinthians