12/2/2021 17:00

Vídeo: Ministro Gilmar Mendes, entre surpreso e indignado, detona a Lava Jato

Entrevista completa do Ministro Gilmar Mendes ao UOL

1278 visitas - Fonte: Plantão Brasil/Youtube

A entrevista completa do Ministro Gilmar Mendes a Tales Faria, colunista do UOL é contundente. Frisando sempre que não deseja se referir a nenhum caso específico, como o tríplex de Guarujá, nem o Sítio de Atibaia, o ministro classifica a troca de mensagens entre o ex-juiz federal Sergio Moro e procuradores do Ministério Público Federal como "a maior crise do aparato judicial do Brasil".







Sobre o ex-juiz Moro, o Ministro se refere em tom forte, recriminando o fato de ele ter se tornado um super juiz, longe dos ritos do judiciário, descolado da nossa Constituição Federal. A Lava Jato colaborou com países estrangeiros, sem autorização ou conhecimento dos órgãos que regulam tais atos de troca entre países, o que é crime de lesa-pátria.



"Quem é o chefe da Lava Jato, segundo os diálogos vazados? É o Moro, a quem chamam de russo. Dizem que seguem código penal da Rússia. É um descolamento institucional. Por isso talvez essa importância de regresso ao Brasil. Talvez tenham que restabelecer relações institucionais via Gaeco" - Gilmar Mendes.







Em vários momentos, o ministro se pergunta como tudo isso pode acontecer, pois nada disso é ensinado nas faculdades de direito. Diz o ministro que o que começou como uma grande operação anticorrupção, acabou como o maior escândalo judicial da nossa história. Talvez da história da humanidade, como disse um especialista em artigo do New York Times.



Gilmar Mendes fala ainda da desmoralização da PGR, da PF e até da Receita Federal, caso não se faça o que tem que ser feito em termos jurídicos para investigar e corrigir o que aconteceu, para que nunca mais se repita tal aberração.



Nesse ponto, se refere a Lula especificamente e diz que ele merece um julgamento justo, já que as sentenças de Moro nos casos devem ser anuladas.



Ele critica duramente a criação do que ele chama de ’estado policial’, ’partido da Lava Jato’, ’polícia da Alemanha Oriental ( se referindo à época em que a Alemanha ainda era dividida) e até de ’esquadrão da morte’. Ironiza a Lava Jato chamando de ’pantomima’, o que equivale a palhaçada.







Ressalta ainda detalhes de comportamentos totalmente inaceitáveis praticados por procuradores chefiados por Moro, como ameaçar psicologicamente pessoas com cadeias de péssimas condições para forçá-las a fazer delações. Classifica esse tipo de ação de tortura que se pratica na ditadura.



Ele reconhece também que o que aconteceu com o ex-presidente Lula foi uma criação maldosa para afastá-lo das eleições de 2018 e que, como resultado, Bolsonaro se elegeu. Nesse trecho da entrevista, ele diz que o lavajatismo é o pai e a mãe do bolsonarismo. Concorda também com o entrevistador que parte da imprensa fez parte desse conluio que impediu Lula de concorrer à presidência, ajudando a eleição de Bolsonaro.







Assista ao vídeo com a entrevista completa abaixo:







*Por Aurea Julio

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