O jurista Miguel Reale Junior defende interdição de Bolsonaro por insanidade

Portal Plantão Brasil
19/1/2021 18:45

O jurista Miguel Reale Junior defende interdição de Bolsonaro por insanidade

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Miguel Reale Júnior defendeu a interdição de Jair Bolsonaro por insanidade mental.



Para o jurista, que foi um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o presidente da República “já deu todas as demonstrações de comportamentos anormais”.







“Como vai fazer? Vamos ficar aguentando uma pessoa completamente desnorteada presidindo o país em uma crise sanitária dessas proporções? Qual o caminho? Não tem outro caminho: ele tem que sair. O impeachment é um remédio. O impeachment existe para ser um remédio em casos graves. E estamos diante de um caso grave. Outro caminho é a abertura de um processo criminal, pois há uma coletânea de crimes nos quais ele poderia ser enquadrado: crimes contra a saúde, crimes contra a democracia. E há a opção da interdição, que pode ser pedida pela família ou pelo Ministério Público. Diante de todo esse quadro, quem pode pedir o exame de sanidade mental é o Ministério Público, que tem que salvaguardar o Brasil.”



Para Reale Júnior, um eventual exame “poderia dizer se Bolsonaro é tecnicamente louco”.







“São muitas reações descontroladas, de ciumeira, de inveja, de uma megalomania, de ausência de sensibilidade humana, de falta de empatia, de ausência de remorso, de gosto pela morte, de indiferença com o sofrimento alheio. ‘Eu tenho a caneta’, ‘Eu sou o presidente’, ‘Eu quem mando’: ele já deu todas as demonstrações de comportamentos anormais. E é evidente que há um comprometimento imenso do país em razão disso. Ele não consegue medir as consequências dos atos dele, não tem essa capacidade. Bolsonaro já mandou seus apoiadores invadirem hospitais para que, segundo ele, filmassem leitos vazios em meio à pandemia. Tudo isso vai ficando esquecido, mas não deveria. Essa fato, especificamente, é um dos fatos criminosos. O Brasil está isolado em razão das atitudes inconsequências dele, dos ataques dele a outros países. É uma coisa louca, alucinante.”







O jurista disse também que a “insistência na cloroquina” é outro sinal de que Bolsonaro tem a sanidade mental prejudicada.



“É uma insistência que revela que ele não tem consciência do caráter ilícito e nocivo do que ele pratica. Depois de um recado claríssimo da Anvisa de que não existe tratamento precoce para a Covid-19, ele continua insistindo na cloroquina: ele não tem, não tem consciência do caráter nocivo do que diz.”



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