Delegada que investiga Bolsonaro deixa chefia na PF, mas continua em inquérito

Portal Plantão Brasil
26/11/2020 18:23

Delegada que investiga Bolsonaro deixa chefia na PF, mas continua em inquérito

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A delegada da Polícia Federal Christiane Correa Machado, que comanda o inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação, deixou a chefia do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), área que investiga autoridades com foro privilegiado. A informação é de que ela continuará no inquérito relativo ao chefe do Executivo.







O inquérito teve início a partir de acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro de que o presidente teria interferido na PF. As diligências conduzidas até agora não encontraram elementos suficientes para caracterizar uma investida de Bolsonaro com interesses pessoais e intenção de proteger amigos e familiares.



Os investigadores avaliam que a PF só consegue concluir o inquérito após o depoimento do presidente Jair Bolsonaro, que ainda não sabe se pode depor por escrito ou pessoalmente, pois o tema está em debate no Supremo Tribunal Federal (STF). O então relator do caso, ministro Celso de Mello, que deixou o cargo no mês passado, votou para que a oitiva seja presencial.







Christiane estava no cargo desde agosto de 2019. A informação é de que ela teria pedido para sair. A delegada será substituída por Felipe Leal, que foi chefe da contrainteligência da PF e está na instituição há mais de 15 anos.



O diretor-geral da PF é Rolando Alexandre de Souza, que assumiu em meio à tensão e polêmica, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes vetou a nomeação de Alexandre Ramagem (diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência — Abin) ao cargo. O ministro falou em princípios de impessoalidade em sua justificativa.







Na época, o então diretor Maurício Valeixo teria saído por ordem de Bolsonaro, que queria colocar Ramagem no lugar, conforme afirmou Sergio Moro. Foi colocado no Diário Oficial da União (DOU) que a exoneração do cargo era “a pedido”, mas foi corrigido depois que Moro negou que Valeixo tivesse solicitado a mudança.



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