736 visitas - Fonte: Folha de São Paulo
SÃO PAULO - O governo de Sâo Paulo vai editar decreto impedindo que os hospitais marquem novas cirurgias eletivas e que desmobilizem leitos de UTI e enfermaria destinados a pacientes de Covid-19.
O anúncio foi feito em coletiva na tarde desta quinta-feira (19), por integrantes do comitê de combate ao coronavírus. A medida, que será publicada no Diário Oficial nesta sexta (20), vale para hospitais públicos, privados e filantrópicos.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, a medida foi tomada diante da sinalização de alta das internações por Covid-19 no estado.
Na semana anterior, o centro de contingência do coronavírus havia identificado um aumento de 18% nas internações pela doença em São Paulo. Nesta semana, segundo o secretário, foi registrado mais um acréscimo de 8% nas hospitalizações no estado.
Segundo Gorinchteyn, os hospitais particulares têm registrado mais internações do que os públicos. Em todo o estado, a taxa de ocupação dos leitos de Covid-19 é de 43,5%. Na Grande São Paulo, esse índice sobe para 49,7%.
Mesmo com o incremento de internações, a gestão João Doria (PSDB) descarta neste momento a reativação de hospitais de campanha. Segundo o secretário, 80% do total de leitos destinados ao tratamento do coronavírus no estado durante o pico da pandemia ainda seguem em funcionamento. Não havendo, dessa forma, chance de falta de vagas.
O centro de contigenciamento também anunciou que a reclassificação do Plano São Paulo passará a ser feita a cada 14 dias. Atualmente, ela vinha sendo feita a cada 28 dias. Segundo Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento, a diminuição do tempo de reavaliação dos dados vai permitir um acompanhamento mais preciso da movimentação da doença.
Ellen ainda destacou que o governo do estado tem agido com transparência na condução das medidas de combate ao coronavírus, rebatendo críticas de que dados pudessem estar sendo omitidos.
A secretária também reforçou que o adiamento da reclassificação do Plano São Paulo foi uma medida de cautela e prudência, pois com a instabilidade no sistema do Ministério da Saúde da semana passada, os dados que o governo têm disponíveis podem conter alguma distorção.
Se fossem levadas em conta as informações atuais, segundo Ellen, oito regiões poderiam progredir para a fase verde, o equivalente a 90% da população do estado. Atualmente, 76% da população de São Paulo está neste faseamento.
As autoridades de saúde, além do governador João Doria, também fizeram um alerta para que a população jovem evite festas, aglomerações e situações em que as medidas de distanciamento social e o uso de máscara não possam ser feitos.
PROGRAMA MERENDA EM CASA É ESTENDIDO
O programa Merenda em Casa, que dá R$ 55 por mês para alunos da rede estadual em situação de pobreza ou extrema pobreza, vai ser estendido até o fim deste ano.
Criado para complementar a alimentação de crianças e jovens que estavam sem ir às aulas em razão da pandemia, o programa atende cerca de 770 mil alunos.
Segundo o secretario de estado da educação, Rossieli Soares, foram investidos mais R$ 345 milhões para que as famílias desses estudantes recebam o benefício até dezembro. Mesmo com a abertura de algumas escolas, boa parte dos alunos continua em casa, segundo ele, o que reforça a necessidade da extensão do benefício.
Rossieli também pediu às famílias de alunos que estejam fazendo aulas online que não deixem de entregar as atividades escolares para garantir a progressão dos estudantes para o ano letivo seguinte.
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