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Ordem unida entre os militares de alta patente do Brasil: evitar a todo custo brigas com os bolsonaristas de raiz. Na avaliação do militares, o importante é não empanar as "boas perspectivas para o Brasil" trazidas pela virada de Joe Biden na contagem de votos da eleição presidencial dos EUA.
Entenda-se por "boas perspectivas para o Brasil" o fato de que a eventual posse de Biden deve obrigar o presidente Jair Bolsonaro a adotar políticas externa e interna mais pragmáticas e menos ideológicas.
Esse pragmatismo político vem sendo defendido publicamente pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, especialmente na área de Meio Ambiente e no relacionamento com a China. É defendido mais fortemente pelos generais da ativa, que estão fora do governo, mas também tem o apoio de boa parte dos que fazem parte da equipe de Bolsonaro, em geral na reserva das Forças Armadas..
Pessoalmente, Bolsonaro e seus filhos estão alinhados com a ala ideológica do governo, os seguidores do guru conservador Olavo de Carvalho, representada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O temor na caserna é que os aliados de Donald Trump no Brasil tentem provocar brigas. Com isso, podem conseguir que um ou outro adversário seja expelido do poder antes que a eventual posse de Joe Biden force Bolsonaro a mudar.
O próprio Bolsonaro já admitiu que uma vitória de Biden tem reflexos sobre a geopolítica do continente e que está havendo um avanço das esquerdas. Ele disse, no Twitter:
A*- Nossas riquezas, nosso futuro.*
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 3, 2020
“ - É inegável que as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial , por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais; pic.twitter.com/qxdzTvpSed