Bolsonaro se transforma, frita os olavistas e é chamado de ´traidor comunista` por seguidores

Portal Plantão Brasil
9/10/2020 20:11

Bolsonaro se transforma, frita os olavistas e é chamado de ´traidor comunista` por seguidores

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1476 visitas - Fonte: Revista Época

Os adjetivos “petista” e “traidor” explodiam nas redes ladeados pelo nome Bolsonaro quando o presidente da República deixou o Palácio da Alvorada em direção ao setor de mansões do Lago Norte, área nobre de Brasília, no sábado 3, onde participaria de um amigável convescote na casa do ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli. A razão da fúria das redes tinha nome e sobrenome: Kassio Nunes Marques, o desembargador indicado por Jair Bolsonaro para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello na Corte, após sua aposentadoria, anunciada para o dia 13. Os apoiadores do presidente enxergam em Nunes a imagem de um “aliado da esquerda e do centrão”, além de ser persona benquista por inimigos seculares da base bolsonarista, como o próprio Dias Toffoli e seu colega de toga Gilmar Mendes.







Foi posta uma mesa especial com um cardápio elaborado por um chef contratado especialmente para o evento, que começou no almoço e se arrastou durante todo o sábado. De casquinha de siri a filé-mignon grelhado ao ponto, o menu era um mosaico de combinações tão diversas quanto os frequentadores que ali estavam. Bolsonaro foi convidado de última hora, no fim da tarde, assim como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Já estavam por lá o próprio Kassio Nunes Marques, o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e o procurador-geral, Augusto Aras, deram uma “passada” antes da chegada do presidente.



“O mais radical dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro teve de fazer contorcionismo para defender a escolha do nome de Kassio Nunes Marques. Agora, quem critica o pai é apoiador de Moro e do PSDB, travestido de conservador”







Ao chegar, Bolsonaro sentou-se a uma mesa no jardim e pediu para que fosse ligada a televisão para que ele pudesse assistir ao jogo do Palmeiras contra o Ceará. Estava de bom humor, fazendo piada com os convidados. Mas passou a maior parte do tempo em uma agenda pessoal: ora assistindo atentamente ao jogo, ora tendo conversas privadas com alguns presentes, como Dias Toffoli e Alcolumbre. A tarde virou noite e, por volta das 21 horas, uma pilha de caixas de pizza chegou. Em dado momento, Bolsonaro engatou numa conversa descontraída com Múcio, indicado por Lula ao TCU e figura historicamente ligada ao PT, ofereceu-lhe uma embaixada, já que ele se aposentará neste ano da Corte de contas. O ministro educadamente recusou a oferta.



Não demorou para que imagens da reunião fossem captadas pela imprensa e ganhassem as redes sociais — um abraço entre Bolsonaro e Toffoli, em especial, feriu de morte a militância mais aguerrida do presidente, para quem o ministro sintetiza a imagem do PT e da Corte, ambos detestados pelo bolsonarismo.







Enquanto Bolsonaro confraternizava com seus novos amigos, as redes não perdoavam a falha. Em outros tempos, seu filho Carlos entraria em campo para colocar ainda mais lenha na fogueira, como fez em tantas ocasiões para fritar aliados que julgava serem incompatíveis com os anseios da milícia virtual de seu pai. Mas, curiosamente, desta vez, Carlos agiu como bombeiro. Foi ao Twitter insinuar que quem estava acusando Bolsonaro de traição não era apoiador de verdade, e sim tucano travestido. Com a subida de tom das críticas ao presidente por seus apoiadores, criou-se uma nova teoria da conspiração no bolsonarismo: a de que quem critica Bolsonaro é partidário de Sergio Moro ou eleitor do PSDB infiltrado na militância.



A Filipe Martins já foi atribuída a função de orquestrar a radicalização ideológica do governo. Assessor Internacional da Presidência da República e olavista fervoroso, é visto como os olhos e os ouvidos do ideólogo Olavo de Carvalho no Palácio do Planalto. Nessa posição, vivenciou momentos-chaves do início do governo. Em Davos, fez as vezes de tradutor de Bolsonaro em eventos e jantares, intermediando conversas. Entre elas, com Tim Cook, presidente da Apple. Quando, durante o Fórum Econômico Mundial na cidade suíça, Bolsonaro decidiu reconhecer o governo autoproclamado de Juan Guaidó na Venezuela, era Martins quem falava a seu ouvido as palavras a usar no anúncio que faria à imprensa. Antagonizou militares do Palácio ao querer interferir em áreas consideradas estratégicas e foi crítico a gestões de alguns deles, como o general Santos Cruz e o próprio vice-presidente, Hamilton Mourão. Hoje, Martins foi relegado ao posto de coadjuvante. A interlocutores, tem dito que seu grupo foi reduzido no governo e que outras alas têm prevalecido nas decisões palacianas.







Nos períodos de tensionamento das relações entre Brasil e China, quando a ala ideológica liderou ataques virtuais ao país asiático, disparando teorias conspiratórias sobre a origem do coronavírus, Bolsonaro recebeu pedidos de alguns ministros para que afastasse certos nomes das discussões interministeriais convocadas para debelar o problema. Um deles era o de Filipe Martins. O presidente recebeu apelos para que o assessor deixasse de participar de conversas envolvendo a agenda econômica internacional e chegou-se até a aventar que a ele fosse dado um cargo de assessor internacional no Ministério das Comunicações, o que o distanciaria dos assuntos diplomáticos e de relações bilaterais.



Outro sinal da perda de espaço de Martins, que era chamado de “robespirralho” por desafetos no Palácio em razão do furor de sua ideologia e da pouca idade, foi ele ter sido transferido de uma ampla sala com vista para a Esplanada no terceiro andar, de onde despacha Bolsonaro, para o quarto andar, onde ficam os militares. Tão espaçoso era seu gabinete que ele foi dividido em dois: um para abrigar a sala da primeira-dama e o outro para o almirante Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos do governo. O olavista foi transferido para um diminuto espaço sem vista e sem ventilação por alguns dias, e só ganhou uma sala melhor depois de negociar com a Secretaria-Geral da Presidência. Acabou ao menos ganhando um gabinete com uma vista para a Esplanada. Apesar das reformas em sua antiga sala no terceiro andar, o espaço é usado raramente por Michelle Bolsonaro.







Mesmo mais distante do poder, o assessor olavista segue defendendo Bolsonaro sempre que a militância virtual ensaia insurgência. “Ninguém ama mais o Brasil do que o PR Bolsonaro, um homem que, mesmo com as limitações que todos temos, seria incapaz de tomar uma decisão prejudicial aos brasileiros sem acreditar estar, na verdade, tomando uma decisão benéfica a eles”, escreveu há alguns dias.



Há uma lista na entrada do Palácio da Alvorada exibindo o nome e o CPF dos indivíduos que devem ser barrados do cercadinho onde ficam apoiadores e jornalistas. Nela, não há nomes de petistas ou inimigos de esquerda conhecidos do bolsonarismo. Mas há o de Renan Sena, o ex-funcionário do Ministério da Família e dos Direitos Humanos que chegou a agredir enfermeiros que faziam uma manifestação pacífica na Esplanada, em 1º de maio. Sena é um exemplo de radical típico. Ao lado dele, outro nome a ser barrado era o de Mackeson Jean, o haitiano que, em abril, causou furor ao aproximar-se de Jair Bolsonaro para dizer, em tom profético, que ele não era mais presidente.







Da mesma pasta em que trabalhava Sena, foi exonerada outra expoente da militância, a jornalista Sandra Terena, esposa do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito do STF que apura o financiamento ilegal de atos antidemocráticos. Ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Terena saiu afirmando que sua demissão decorria da ordem da ministra Damares Alves de afastar sua imagem de nomes ligados às investigações do STF.



Outra ex-funcionária de Damares, a extremista Sara Giromini tem feito lamentos públicos de que foi abandonada pelo governo pelo qual “deu a vida”. “E é isso. É isso que vou contar para qualquer um fora do Brasil que me perguntar: estou vivendo pela vontade de fazer justiça com todos os que estão presos por defender Bolsonaro. Mas não posso mais contar com ele, pois, infelizmente, por ‘estratégia’ se tornou parte do establishment”, concluiu Giromini.



O abandono da ala radical, também conhecida como “ala ideológica”, coincide com uma recente transformação no governo de Jair Bolsonaro, em que ganha força o pragmatismo em detrimento do confronto. Há um inventário de razões — jurídicas, penais e políticas — que encorajam o presidente a construir pontes com os Poderes, em vez de dinamitá-las. A primeira e mais visível é o cálculo político de seu projeto de reeleição. Segundo as últimas pesquisas colhidas pelo Datafolha e pelo Ibope, a popularidade do presidente disparou entre uma parcela do eleitorado que antes ele não conseguia acessar. Entre os entrevistados com renda familiar de até um salário mínimo, a avaliação de que o governo é ótimo ou bom passou de 19% para 35% depois da pandemia. Entre os que possuem menor grau de instrução, que cursaram apenas o ensino fundamental, o salto foi de 25% para 44%. Bolsonaro avançou também sobre o Nordeste, historicamente fiel a Lula.







A boa vontade dessa parcela dos brasileiros em relação ao governo torna menos prioritário o aceno constante à militância mais aguerrida, que também é mais sensível à agenda cultural do bolsonarismo e mais propensa à defesa do conflito com o Congresso e o Supremo. Em termos cristalinos, Bolsonaro hoje vislumbra que os beneficiários do auxílio emergencial são mais relevantes para sua manutenção no poder do que os grupos de apoiadores virtuais. Essa convicção fez com que o presidente desse mais espaço no governo para ministérios que “inauguram obras”, como o Desenvolvimento Social, de Rogério Marinho, e o de Infraestrutura, de Tarcísio Freitas, e deixasse pelo caminho aliados queridos pelos radicais, como os irmãos Abraham e Arthur Weintraub, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) e Felipe Pedri, idealizador do manifesto ideológico do Aliança pelo Brasil, o partido que Bolsonaro deseja criar. Em contrapartida, ganharam assento à mesa Toffoli, Gilmar, Alcolumbre e expoentes do centrão, como o deputado Ricardo Barros (PP-PR), escolhido novo líder do governo na Câmara. Mas, que ninguém se engane, os novos amigos não são tão novos assim. São deputados e agentes políticos que conviveram com Bolsonaro nos últimos 30 anos de vida pública e com os quais se sente à vontade para “pegar o telefone e ligar”, dizem.







Poucos meses atrás, em especial em abril, o clima era diferente. O avanço das investigações da rachadinha envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, aliado à péssima condução da pandemia, colocaram Bolsonaro sob pressão. Afeito a teorias conspiratórias e síndrome de perseguição, o presidente mergulhou na tese de que havia um grande plano para apeá-lo do poder, pilotado pelos ministros do STF. Foi a manifestações em que apoiadores pediam o fechamento da Corte e do Congresso e estimulou protestos em meio ao isolamento social. A tensão entre governo e STF estava no auge quando o ex-ministro Sergio Moro deixou o cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. O ministro Celso de Mello abriu um inquérito para apurar o ocorrido e acabou revelando um vídeo em que o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamava os magistrados da Corte de “vagabundos” e sugeria prendê-los. Paralelamente, já tramitava no Supremo um inquérito para apurar a disseminação de notícias falsas fabricadas por militantes bolsonaristas.







No Congresso, por outro lado, muitos estavam convencidos de que o governo estava prestes a dar um golpe militar. Instaurou-se um clima de paranoia em Brasília. Circulou mais de uma vez entre deputados bolsonaristas um boato de que Rodrigo Maia estaria reunido à noite com ministros do Supremo articulando um impeachment. Bolsonaro era aconselhado a moderar o tom, mas resistia. Argumentava que, se perdesse o apoio dos militantes nas redes sociais, perderia sua popularidade e aí com certeza o Congresso o tiraria do cargo. A mudança de conduta veio com o bálsamo da popularidade trazida pelo auxílio — e com a convicção de que nenhum presidente com 40% de aprovação poderia sofrer impeachment.



A tranquilidade trazida pelas pesquisas casou com o fortalecimento de um grupo mais pacificador no seio do governo, do qual fazem parte os ministros Fábio Faria, das Comunicações, Marinho, Jorge Oliveira e Fernando Azevedo, da Defesa. A relação com o centrão passou a ganhar outro trato, assim como um aprofundamento do diálogo com o STF, por meio de Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Bolsonaro acatou a sugestão de transferir Weintraub para o Banco Mundial, irritando a base radical, e passou a neutralizar nomes ligados ao extremismo, como aqueles envolvidos na investigação do STF. Ministros ouvidos por ÉPOCA relataram que os tempos agora são outros. Nomes como o da extremista Sara Giromini e do blogueiro Allan dos Santos estão isolados e longe dos olhos de Bolsonaro, e deverão continuar assim.







O presidente, dizem ministros, também está mais centralizador do que nunca. Prova disso é que militares do núcleo duro do governo não foram consultados sobre a escolha de Kassio Nunes Marques para o STF. Bolsonaro tampouco ouviu o núcleo jurídico do governo, como o ministro da Justiça ou o da Advocacia-Geral da União. Dizia apenas que viria uma “surpresa boa”. Quando senadores da base receberam as primeiras ligações do Palácio do Planalto informando quem seria o “supremável”, uma das primeiras chancelas carimbadas ao nome de Kassio Nunes Marques não era muito edificante: ele havia sido aprovado pelo senador Flávio Bolsonaro, alvo da investigação da rachadinha, numa costura que levava as digitais do advogado Frederick Wassef, denunciado pela Lava Jato do Rio de Janeiro. Quem observa as movimentações políticas em torno da escolha de Nunes Marques não deixa de notar o perfil garantista do desembargador — jargão jurídico para traduzir a conduta de magistrados que defendem que o cumprimento do devido processo legal tem mais peso em um processo penal do que a gravidade das denúncias apresentadas. Um juiz garantista, por exemplo, está mais propenso a votar pela derrubada de uma investigação inteira do que a condenar um réu com base em uma prova considerada precária. A bancada do presidente no Congresso tem outro perfil, defensor de penas mais rígidas, ainda sob a influência da Operação Lava Jato. A escolha de um garantista, em vez de um punitivista conservador, leva à constatação, até entre aliados de primeira hora do presidente ouvidos pela reportagem, de que o presidente pode ter definido o perfil de seu primeiro ministro no Supremo mirando a chegada do processo da rachadinha, do qual o filho zero um é alvo, à Corte.



Após Bolsonaro oficializar a escolha, Kassio Nunes Marques foi instruído por integrantes do governo a ligar para aliados que poderiam ajudar a acalmar a horda de militantes críticos a seu nome, como as deputadas Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e até o próprio ex-ministro Weintraub. Bolsonaro recomendou que ele relatasse sua posição em relação a pautas conservadoras, como o aborto, e os tranquilizasse. O abandono, portanto, foi relativo. A consultoria de redes sociais Arquimedes identificou que a estratégia funcionou. “Num primeiro momento, bolsonaristas, em especial influenciadores da base olavista, reclamaram e pressionaram contra o nome de Kassio. Logo surgiu um movimento de defesa da indicação do presidente (incluindo uma postagem de Weintraub) e ataque aos ‘detratores’. As críticas foram minguando e a defesa ao #BolsonaroTemRazao tomou o espaço”, disse Pedro Bruzzi, fundador da consultoria. Neste ano, afirmou Bruzzi, as duas hashtags mais usadas por seus apoiadores, #FechadoComBolsonaro e #BolsonaroTemRazao, somaram quase 10 milhões de posts. “Ambas fazem alusão a essa devoção completa, sem espaço para críticas ou qualquer pensamento contraditório”, disse.







Para lideranças do centrão, não há nada de errado na nova roupagem do governo. “Ele se aproximou dos Poderes, do Parlamento, do Judiciário, e isso é muito importante”, disse Marcos Pereira (SP), vice-presidente da Câmara e presidente do Republicanos, partido de Flávio e de Carlos Bolsonaro. “Acho que isso é o desejável. É o recomendável. É o que é constitucional. A Constituição fala de independência e da harmonia, então, quanto mais harmonia houver, melhor para o país. É uma pena que não tenha ocorrido desde o início do governo, mas antes tarde do que nunca”, pontuou o deputado do partido ligado à Igreja Universal, elogiando a escolha de Nunes Marques.



Apesar do barulho vindo dos extremos, prevalece, na política, a lei do mais forte. Ainda que estejam frustrados com o isolamento que lhes foi imposto, radicais não cogitam abandonar um barco com uma âncora de 40% de popularidade. “Bolsonaro agora está com uma base para sobreviver politicamente. Antes estava com conservadores, liberais, lavajatistas, olavistas. Agora está abrindo outro front, que é o do fisiologismo, com políticas assistencialistas e mirando os funcionários públicos. E acaba tendo de aceitar políticas que são contra a base antiga”, disse o deputado conservador Luiz Philippe d’Orleans e Bragança (PSL-SP), que garantiu continuar firme e forte com o governo. A deputada Carla Zambelli também buscou palavras para se adaptar ao novo normal. “As pessoas acham que eu sou extrema-direita. O fato de eu tirar uma foto com a Sara Winter ou criticar uma operação dentro da casa do Allan dos Santos não faz eu concordar com tudo que eles fazem. Não concordo com atitudes do Allan, atitudes da Sara. Isso mostra quem sempre foi o Bolsonaro, que não era radical. Ele sempre foi centrado, de saber o que é correto”, disse. Até mesmo o ideólogo Olavo de Carvalho, que emprestou o suposto lastro teórico para a militância bolsonarista e hoje está escanteado, desistiu de insuflar ataques ao governo. Recentemente, escreveu: “Por mais que o presidente erre — e estou persuadido de que tem errado muito —, ele é incomparavelmente melhor do que o mais santinho dos seus inimigos”.



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