Uma amizade de 25 anos e uma organização acusada de formar milícias armadas

Portal Plantão Brasil
3/9/2020 20:30

Uma amizade de 25 anos e uma organização acusada de formar milícias armadas

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1341 visitas - Fonte: GGN

A deputada Carla Zambelli tentou usar a amizade de “25 anos” entre Jair Bolsonaro e Nabhan Garcia para manter Sergio Moro no governo. É o que mostra as mensagens de WhatsApp trocadas entre a parlamentar e o ex-ministro da Justiça e o depoimento prestado por ela à Polícia Federal





Uma vez eleito, Bolsonaro deu ao amigo Nabhan o cargo de secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura. Seu papel é fazer a reforma agrária e a demarcação de terras indígenas e quilombolas.



Antes de entrar no governo, o pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia comandava a UDR, União Democrática Ruralista, criada em 1985 para se contrapor ao avanço do MST. No ano passado, um ex-pistoleiro que responde pela morte de um trabalhador sem terra acusou a UDR de financiar a organização e o treinamento de milícias armadas para atacar ocupações do MST em fazendas pelo Brasil.





Segundo reportagem especial do site Repórter Brasil, o próprio Nabhas foi acusado por um fazendeiro de “participar da contratação e do treinamento dos pistoleiros que feriram oito sem-terras a bala” no final dos anos 1990. O caso foi investigado pela CPMI da Terra, que sugeriu o indiciamento de Nabhas. Mas Onyx Lorenzoni e Alberto Lupion – hoje integrantes do governo Bolsonaro – conseguiram alterar o relatório final.



Ao Repórter Brasil, Nabhas frisou que nem ele, nem a UDR jamais foram condenados por crimes supostamente cometidos por pistoleiros contra o MST.





Em 5 de abril de 2020, Carla Zambelli enviou mensagem a Sergio Moro pedindo uma reunião “urgente” entre Nabhas e o então ministro da Justiça. Quando Moro perguntou “sobre o que seria”, ela respondeu: “Assunto confidencial sobre o PR.” PR é a sigla para presidente Jair Bolsonaro.



Em depoimento à Polícia Federal, Carla foi questionada sobre o encontro. Primeiro, ela disse que “o assunto não tem qualquer referência com os fatos investigados nesse inquérito”, sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF, denunciada por Moro ao sair do governo.



Depois, ela contextualizou que a reunião era um “meio” para “aproximar o Presidente JAIR BOLSONARO com o ex-ministro SERGIO MORO”, afirma o relatório. Além de Nabhas, Zambelli pediu que Moro recebesse também a “advogada e amiga” de Bolsonaro, Karina Kufa. E outras mensagens, a parlamentar diz a Moro que não confiava em outros interlocutores.





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