5778 visitas - Fonte: Metrópoles
Pesquisadores de diferentes universidades dos Estados Unidos, Canadá e Europa encontraram evidências de que a memória imunológica de pacientes que tiveram a Covid-19 é forte e duradoura após se curarem da doença, mesmo nos casos leves e assintomáticos.
Os cientistas da Universidade de Washington, nos EUA, descobriram que pessoas recuperadas desenvolveram anticorpos IgG – de memória, de fase crônica ou tardia – específicos para o novo coronavírus e plasma neutralizante, bem como células B e T de defesa para vírus que, em alguns casos, aumentaram numericamente ao longo dos três meses após o início dos sintomas.
De acordo com o estudo publicado no último sábado (15/8), no site medRxiv, os linfócitos específicos para o vírus mostraram características associadas à imunidade antiviral potente. “Esses achados demonstram que casos de Covid-19 leve expelem linfócitos de memória que persistem e exibem marcas funcionais associadas à imunidade protetora antiviral”, escreveram. O trabalho ainda precisa passar pela revisão de pares.
No dia seguinte, os pesquisadores da Universidade do Arizona publicaram um estudo no qual afirmam que os níveis de anticorpos neutralizantes e específicos permaneceram elevados e estáveis por, pelo menos, de dois a três meses após o início dos sintomas em todos os casos, incluindo os de pessoas assintomáticas. “Concluímos que a imunidade é durável por pelo menos vários meses após a infecção pelo Sars-CoV-2”, afirmam os pesquisadores do Arizona no artigo publicado no medRxiv, que também ainda precisa passar por revisão.
Em Toronto, no Canadá, cientistas estudaram a resposta de anticorpos a partir de amostras das mucosas: os anticorpos anti-CoV-2 foram prontamente detectadas no soro e na saliva, com níveis máximos de IgG atingidos no intervalo entre 16 a 30 dias. Enquanto os anticorpos IgA decaíram rapidamente, os do tipo IgG permaneceram estáveis por até 115 dias.
“Como o Sars-CoV-2 inicialmente se replica nas vias aéreas superiores, a resposta do anticorpo na cavidade oral é provavelmente um parâmetro importante que influencia o curso da infecção”, explicam os pesquisadores na publicação, que também ainda está em versão pré-impressão.
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