Bolsonaro embarcou para o Líbano envolvidos em operações fraudulentas, além de Temer que é réu por corrupção

Portal Plantão Brasil
14/8/2020 19:34

Bolsonaro embarcou para o Líbano envolvidos em operações fraudulentas, além de Temer que é réu por corrupção

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2106 visitas - Fonte: DCM

A foto oficial de Jair Bolsonaro com os brasileiros que o representaram na missão humanitária ao Líbano mostra a decadência ética do Brasil.





Na foto, além de Michel Temer, réu por corrupção, aparece Naji Nahas, libanês-brasileiro envolvido em casos graves que ligam fortunas ao submundo financeiro do Brasil.





Naji Nahas é o homem de terno branco.





Nascido no Líbano e criado no Egito, Nahas vive no Brasil desde 1969, onde montou grandes empresas e se destacou como investidor no mercado de capitais.





Em 1989, ele foi apontado como autor de operações fraudulentas que levaram à quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Para não ser preso, permaneceu foragido e, depois, com recursos na Justiça, conseguiu ser absolvido nos processos.








Em 2008, ele foi preso, por ordem do juiz Fausto de Sanctis, da 6a. Vara Federal Criminal de São Paulo, no âmbito da operação Satiagraha.





O procurador da República Rodrigo de Grandis o acusou de comandar organização que comandava crime no mercado financeiro.





Gravação telefônica revelou que ele orientou um operador a comprar ações da Petrobras uma semana antes do anúncio da descoberta do mega-campo de petróleo Carioca.








Entre Nahas e Bolsonaro, está Jorge “Gito” Chammas, que herdou do pai uma grande empresa, a Moinho São Jorge, que durante muito tempo foi a maior distribuidora e fabricante de farinha de trigo.





Mas seus negócios nunca se limitaram ao trigo.





Em 1992, durante o escândalo que levou à cassação de Fernando Collor, ele apareceu como protagonista de um caso nebuloso que representava o outro lado da moeda do que ficou conhecido como Caso PC Farias.








Jorge “Gito” Chammas convenceu Pedro Collor a mobilizar o governo do irmão para tentar trazer dos Estados Unidos uma representação da Chrysler.





Ficou claro que não era só PC Farias que agia como lobista nos bastidores do governo. Pedro Collor também, mas, até onde se sabe, o tesoureiro de Collor foi bem sucedido na centralização dos negócios, com uma atuação que ia muito além da simples intermediação.





Já o irmão, Pedro Collor, não teve o mesmo êxito, mas é indiscutível que transitou pelo mercado do lobby. Afinal, não dá para acreditar que foi pela pela cor dos olhos de Chammas que ele chegou a pedir ao cunhado Marcos Coimbra, diplomata bem-sucedido e ministro de Fernando Collor, que o orientasse sobre como usar o Itamaraty para ter acesso à direção da Chrysler.








Alguns meses depois, Ulysses Guimarães, o maior líder da Câmara dos Deputados, morreu quando um helicóptero da família, emprestado a ele, caiu na baía de Angra dos Reis. Convenhamos: emprestar helicóptero a político também não é uma atitude que se tome apenas pela cor dos olhos.





É demonstração de força, prestígio, é o óleo que lubrifica a engrenagem do poder, engrenagem que Temer e Bolsonaro conhecem bem.





Chammas também teria aparecido na relação de milionários que usavam contas CC5 do Banestado para operações que nunca foram plenamente esclarecidas.








Como se sabe, as contas CC5 eram o ralo por onde sonegadores, corruptos, traficantes (de armas e drogas) fazia escoar sua fortuna para paraísos fiscais.





Chammas também apareceu no noticiário sobre a articulação para o golpe contra Dilma Rousseff.





Em dezembro de 2015, ele organizou em sua casa almoço para aproximar Temer e o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na época o tucano menos entusiasmado com o golpe, já que este tinha seu próprio projeto eleitoral.








Hoje, ao embarcar um réu por corrupção, o enrolado Najas e o lobista milionário para o Líbano, Bolsonaro mostra sua verdadeira face, o homem que enriqueceu na política, sem que sua renda declarada justifique seu patrimônio.





Fabrício Queiroz não um ponto fora da curva na biografia de Bolsonaro. É parte essencial dele. Pode ser agora que, como presidente, esteja trocando operadores, com a ajuda do Centrão e com o avião da FAB para acomodar seus novos amigos.





Por Joaquim de Carvalho



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