1456 visitas - Fonte: Folha
De terno e gravata, o presidente Jair Bolsonaro segura um gigantesco palito de fósforo aceso e ri, enquanto a floresta queima a fundo. “Boicote Bolsonaro”, diz o título no site de campanha homônima —que até as 20h desta sexta (10) já tinha sido assinada por 384.704 pessoas.
Lançada pela Campact!, a ação pede que supermercados europeus parem de comprar alimentos brasileiros de empresas que “queimam a floresta com a maior crueldade dos últimos dez anos”.
“Apenas a pressão econômica ajuda”, diz o texto da campanha, que se dirige nominalmente a grandes redes europeias como Aldi Nord, Edeka e Lidl.
A questão fundiária é a preocupação prioritária de ações europeias recentes, mais especificamente o projeto de lei 2.633/2020, que facilita a regularização fundiária no país, apelidado de “Lei da Grilagem”.
Em maio, 40 grandes empresas europeias de varejo mandaram carta ao Congresso dizendo que deixariam de comprar produtos brasileiros se o texto for aprovado.
Elas afirmam que, ao legalizar a produção privada em terras públicas, a proposta “encoraja mais invasões e incentiva o desflorestamento”.
O projeto de lei motivou também a ação de grandes fundos de pensão e de investimento privado europeus que escreveram para embaixadas na semana passada pedindo uma reunião para tratar do desmatamento e deixando implícito o risco de retirar dinheiro do Brasil.
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