1110 visitas - Fonte: Folha
Um grupo de 38 empresas de grande porte de diferentes setores se articulou para manifestar sua preocupação com a deterioração da imagem do Brasil no exterior em relação à questão ambiental, numa ação de concertação rara do setor privado.
Algumas ações de boicote já ocorreram, há relatos de queda nos investimentos recebidos neste ano e vários casos sobre questionamentos em relação à postura ambiental do país —informações levadas por empresários ao vice-presidente Hamilton Mourão numa reunião nesta sexta (10) .
Cobranças ambientais não são uma novidade para empresários brasileiros. Há décadas, o lobby de fazendeiros europeus se agarra ao tema para restringir a entrada de produtos agropecuários brasileiros no continente, não raro com argumentos que não procedem.
Quem acompanha a questão ambiental de perto diz que a derrubada de árvores ocorreu em paralelo ao desmonte das estruturas de fiscalização.
O ministro Salles chegou a alegar que as críticas à política ambiental do governo faziam parte de movimentos ideológicos de ONGs de esquerda. No entanto, a reação sobre as empresas brasileiras está vindo dos representantes do capitalismo.
A cobrança começou no ano passado e foi subindo de tom à medida que o governo não reagia. Em setembro, 230 fundos que administravam US$ 16 trilhões (R$ 82 trilhões) lançaram uma carta pública pedindo a defesa da Amazônia. Nada prático ocorreu.
No final de junho, um grupo de 29 gestoras, que administra US$ 4,1 trilhões (R$ 21 trilhões), decidiu fazer uma ação direta. Enviou nova carta, desta vez para embaixadas do Brasil, pedindo uma reunião para discutir o desmatamento. O encontro ocorreu na quinta-feira (9).
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