1053 visitas - Fonte: El País
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, retoma nesta segunda (18) o inquérito que apura as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal do Rio de Janeiro para proteger seus filhos, alvos de investigação. A retomada do assunto já estava na agenda do Supremo.
Mas o que o presidente não contava era com uma entrevista bomba dada pelo empresário Paulo Marinho, seu ex-aliado, à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. Marinho, que é suplente do senador Flavio Bolsonaro e teve papel decisivo na campanha eleitoral do então presidenciável do PSL em 2018, revelou que o filho do presidente soube antecipadamente de uma operação da Polícia Federal que atingiria Fabricio Queiroz, seu ex-assessor. A informação chegou a Flavio entre o primeiro e segundo turno da eleição e acabou protegendo Queiroz e o próprio Flavio, na apuração sobre as rachadinhas em seu gabinete.
A revelação joga mais lenha na crise política que acossa o presidente, e eleva a pressão sobre o procurador geral da República, Augusto Aras, que está envolvido na investigação de potenciais crimes que o presidente possa ter cometido, seguindo as acusações de Moro. Marinho contou que Flavio soube por intermédio de um delegado simpatizante de Bolsonaro sobre o curso da operação Furna de Onça, que investigava transações suspeitas de dinheiro, e passavam pelas chamadas ‘rachadinhas’ da Assembleia Legislativa do Rio.
Queiroz, amigo de longa data do presidente, trabalhava para Flavio quando ele era deputado estadual. O hoje senador foi deputado entre 2003 e 2018. “Eu vou te contar uma história que nunca revelei antes porque não tinha razão para falar disso. Eu tenho até datas anotadas e vou ser bem preciso no relato que vou fazer”, disse Marinho na entrevista.
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