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Com cada vez mais pobres e a desigualdade social distanciando a população brasileira, distribuir renda e garantir desenvolvimento a todos é tarefa urgente para as equipes econômica e social do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O índice de desigualdade social no Brasil ficou estagnado em 2017. É a primeira vez que isso acontece nos últimos 15 anos, aponta a ONG Oxfam Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15,2 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da extrema pobreza.
A recessão que o país enfrentou entre 2015 e 2016, a maior da história, resultou nos atuais 13 milhões de desempregados. Dois milhões de pessoas voltaram à extrema pobreza. As dificuldades ficam ainda maiores quando se analisa as tendências: quem é rico está cada vez mais endinheirado. Os pobres, a cada dia, contam com menos recursos. Para formar esse cenário, são avaliados mercado de trabalho, educação, moradia e distribuição de renda para ter um retrato da qualidade de vida dos brasileiros e confirmou-se que a pobreza cresceu.
Umas das principais entidades que monitoram essa realidade é categórica: em 2017, o Brasil parou de reduzir desigualdades, conclui a ONG Oxfam Internacional, confederação que busca soluções para a pobreza e a desigualdade. “Desde 2002, o índice de Gini da renda familiar per capita, medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), tem sistematicamente caído de um ano para outro, o que não foi observado entre 2016 e 2017. No ano passado, também pela primeira vez nos últimos 15 anos, a relação entre renda média dos 40% mais pobres e da renda média total foi desfavorável para a base da pirâmide”, destaca, em seu relatório.
Luiz Alberto Machado, economista e ex-diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), explica que o Brasil tem ocupado uma posição ruim na igualdade de renda por falhas em planejamento de estratégias. “O fundamental é conseguirmos concatenar as ações de curto, médio e longo prazo. Nos últimos tempos, a preocupação foi com curto prazo: taxa de juros e controle da inflação. Isso é importante, mas o país precisa de mais: desburocratização, simplificação tributária. Isso tudo impacta a competitividade da economia”, exemplifica.
Paulo Dantas da Costa, ex-presidente do Conselho Federal de Economia, é categórico: “É preciso adotar políticas públicas de aumento de salário mínimo, aumento da empregabilidade e de programas sociais eficientes. O imposto de renda em nações desenvolvidas chega a 40% para quem ganha mais, enquanto no Brasil se chega a 27,5%.”
Plantão Brasil, abismo, renda, finanças, pobres, ricos
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