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Durante almoço fechado na Casa Branca na terça-feira (19) com a participação de ministros brasileiros e do presidente Jair Bolsonaro, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que vai trabalhar para fazer do Brasil um membro pleno da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar liderada por Washington.
Durante a viagem de Bolsonaro à capital americana, o governo Trump designou o Brasil como um aliado prioritário extra-OTAN, classificação que identifica parceiros estratégicos dos EUA que não sejam parte da aliança e que tem um caráter mais simbólico.
Ela permite, por exemplo, que o país tenha acesso a vários tipos de cooperação militar e a transferências de tecnologia com os EUA. Também permite que o Brasil tenha acesso preferencial a compra de equipamentos militares americanos, com isenções dentro da Lei de Exportação de Armas que rege a venda desses produtos sensíveis.
Durante a entrevista coletiva que deu na terça no jardim da Casa Branca após seu encontro com o brasileiro, Trump mencionou a possibilidade de o país entrar na Otan.
PIADA MUNDIAL
Acontece que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), como o próprio nome diz, apenas aceita países que estejam no hemisfério norte, e mesmo que se considerasse que 7% do território brasileiro está no hemisfério norte, a entrada na organização depende de unanimidade dos membros. No entanto, França, Alemanha, Espanha e outros vários membros jamais aceitariam um país do hemisfério sul governado por um presidente alinhado a Trump como membro da OTAN.
Jornais americanos ridicularizaram Trump e Bolsonaro pelo "acordo", que foi a única coisa que Bolsonaro ganhou em troca após assinar isenção bilionária de impostos para produtos americanos no Brasil.
Na França, o "acordo" foi tratado como uma promessa impossível de se cumprir feita por Trump a seu "funcionário da América Latina", dando a entender que Bolsonaro trabalha para Trump.
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