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Em rota de colisão cada vez mais acelerada com a mídia conservadora do país, acossado pelas duas famílias mais poderosas do segmento, os Marinho e os Frias, Bolsonaro reagiu nesta quinta (13) anunciando que vai cortar o fluxo de dinheiro do governo para a imprensa, na forma de publicidade. Ele já sinalizou que a prioridade serão os sites, blogs e mídias das redes sociais, além de alguns veículos de extrema-direita ou alinhados integralmente com ele, como a Record, Bandeirantes, SBT e Jovem Pan. Ontem, ele almoçou com Sílvio Santos, em encontro fora da agenda.
"Tomamos conhecimento de que a Caixa gastou cerca de R$ 2,5 bilhões em publicidade e patrocínio neste último ano. Um absurdo! Assim como já estamos fazendo em diversos setores, iremos rever todos esses contratos, bem como os do BNDES, Banco do Brasil, SECOM e outros", afirmou Bolsonaro no Twitter. Veja:
Em nota na manhã desta sexta-feira, a Caixa Econômica federal desmentiu a versão de Bolsonaro de que teria gasto "cerca de R$ 2,5 bilhões em publicidade e patrocínio neste último ano". O banco estatal informou: "O orçamento com recursos do banco projetado para ações de publicidade, patrocínio e comunicação em 2018 foi de R$ 685 milhões, sendo realizado até novembro de 2018 (o valor) de R$ 500,8 milhões".
O clima entre a futura administração e a imprensa deve esquentar ainda mais. O futuro chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo, Floriano Amorim, atual assessor parlamentar de Eduardo Bolsonaro, é um contumaz detrator da imprensa nas redes sociais e amplifica a campanha de ódio dos Bolsonaro à imprensa tradicional e à mídia independente. Para ele, os jornalistas são uma "escória".
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