Bolsonaro reduz poder de Onyx e causa conflito interno

Portal Plantão Brasil
28/11/2018 09:45

Bolsonaro reduz poder de Onyx e causa conflito interno

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2152 visitas - Fonte: Brasil247

O presidente eleito Jair Bolsonaro fulminou o poder destinado ao seu futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e deixou claro que quem vai comandar a articulação com o Congresso será seu novo chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz. A ambiguidade no gerenciamento político promete ser a tônica de um novo governo que tem na inexperiência deslumbrada seu traço definidor







O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vai comandar a articulação política de seu governo com o Congresso Nacional, mas que o general Carlos Alberto Santos Cruz, indicado na véspera como chefe da Secretaria de Governo, também terá papel a desempenhar nesta área.



Para Bolsonaro, há um "time" em que "todo mundo tem que jogar para frente" e destacou o fato de que todos os indicados ministros palacianos, Onyx, Santa Cruz, o futuro secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, vão participar das tratativas.







Bolsonaro detalhou que essa atuação será "compartilhada", que Onyx vai ser o comandante e que Santos Cruz também terá responsabilidade nas conversas. "Ele (o general) muitas vezes esteve em audiência no Parlamento, sabe como funciona e foi conversado com ele de todas as suas responsabilidades. E ele, no meu entender, tem todas as capacidades", disse.



O presidente eleito afirmou que o futuro chefe da Casa Civil está com um "rascunho final", montando um grupo de parlamentares para agir atuar na área de relacionamento com o Congresso. Ele disse ter se reunido nesta terça-feira com parte da bancada evangélica.





"Eles torcem e vão fazer o possível para que nosso governo dê certo. Não estamos negociando com partidos, mas com bancadas. E dessa forma estamos atingindo todo o parlamento", afirmou.



O presidente eleito disse que tem larga vivência do Parlamento, por 28 anos, e tem amizade com 90 por cento dos integrantes do Legislativo, pelo menos.



"Não é que não vai ter conversa, o modelo que vigora ainda, de ministério por votos, não deu certo. Mergulhou o Brasil em ineficiência e na corrupção. Os parlamentares mesmo não querem mais isso. Alguns foram levados para o olho do furacão no vácuo, não queriam estar lá. E a grande parte deles, que temos conversado, é que o modelo que estamos adotando não é que pode dar certo, tem que dar certo", avaliou.





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HOJE EMCAPA

ONU | Reuters

3’

GENERAL CUIDARÁ DA IMPRENSA E ’ANA DO RELHO’ SERÁ PORTA-VOZ DE BOLSONARO

Depois de nomear um general para cuidar do Congresso, Bolsonaro resolveu escalar outro para cuidar da mídia; o general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto deverá ir para Secom; Bolsonaro anunciou que a senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice-presidente na chapa de Alckmin, poderá ser a porta-voz da nova administração; Amélia é conhecida como "Ana do Relho" por haver defendido as agressões à caravana de Lula no Rio Grande do Sul, inclusive com ataques utilizando relhos



28 de Novembro de 2018 às 10:32 // Inscreva-se na TV 247



247 - Depois de nomear o general Carlos Alberto dos Santos Cruz para cuidar do Congresso, Jair Bolsonaro resolveu escalar outro general para cuidar da mídia. O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto deverá ir para a Secretaria de Comunicação Social (Secom), anunciou o presidente eleito nesta terça (27). Ele cuidará das relações com a mídia e dos polpudos contratos de publicidade do governo. Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que a senadora Ana Amélia (PP-RS), que foi candidata a vice-presidente na chapa de Alckmin, poderá ser a porta-voz da nova administração.



A senadora é conhecida como "Ana do Relho" por haver defendido as agressões à caravana de Lula no Rio Grande do Sul, inclusive com ataques utilizando relhos (aqui); nas planilhas de doações da Odebrecht para campanhas eleitorais com uso de caixa 2, ela era cognominada como "Véia".“Excelente pessoa. Se for possível, nós a aproveitaremos, ou melhor, a convidaremos”, afirmou Bolsonaro sobre a senadora na entrevista (aqui).



A Secom ficará subordinada à Secretaria-Geral da Presidência, que será comandada por Gustavo Bebianno e tem sido uma das áreas de disputadas no novo governo. A disputa pelo órgão levou a uma queda de braço entre Bebianno e Carlos Bolsonaro, veredador no Rio e um dos filhos do presidente eleito, que coordenou a campanha nas mídias sociais. Hoje, a área de comunicação está vinculada à Secretaria Geral e, depois de idas e vindas para outros lugares do Planalto ontem, foi batido o martelo que permanecerá lá. Por conta das disputas, na semana passada, Carlos deixou Brasília anunciando que estava se afastando da sua atuação neste setor.



Apesar das polêmicas, Bolsonaro ainda quer convencer o filho, de alguma forma, mesmo que no Rio de Janeiro, a continuar ajudando no comando das postagens das redes sociais. Por isso mesmo, o desenho não está fechado. O governo quer reduzir o tamanho da Secom e focar os trabalhos na área digital.



Bebianno afirmou à jornalista Andréa Sadi nesta terça que escalou o general Floriano para fazer um pente-fino em possíveis fraudes em contratos da Secretaria da Comunicação Social da Presidência. "Ele é acima de qualquer suspeita, ele tem esta função executiva", afirmou Bebianno (aqui).



O general Floriano Peixoto, que também comandou missão do Brasil no Haiti – assim como Carlos Alberto Santos Cruz, que vai chefiar a Secretaria de Governo –, já integra a equipe de transição e ajudou nos estudos da área de Comunicação. Quando estava na ativa, o general integrou a equipe do Centro de Comunicação Social do Exército.



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