3502 visitas - Fonte: Folha
No comando da Presidência da República desde 2016, com a ascensão de Michel Temer ao Planalto, o MDB deve perder força nos estados nas eleições deste ano e pode eleger o menor número de governadores de sua história.
Ao todo, o partido terá 11 candidatos a governador —número mais baixo desde 1982. Mas apenas dois deles entram na disputa como favoritos, amparados por grandes alianças: Renan Filho (AL) e Helder Barbalho (PA).
Nos demais estados, os emedebistas enfrentam problemas que passam por gestões mal avaliadas, desgaste por suspeitas de corrupção, brigas internas e isolamento em relação aos demais partidos.
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Dos sete governadores eleitos em 2014, quatro poderiam disputar a reeleição. Renan e José Ivo Sartori (RS) vão para as urnas, mas Paulo Hartung (ES) desistiu de concorrer a novo mandato e Marcelo Miranda (TO) foi cassado no início do ano.
Sartori, contudo, enfrenta desgastes por conta da crise financeira que atingiu o estado, que chegou a atrasar e parcelar salários de servidores. Acabou perdendo aliados como PP, PSDB e PDT, que lançaram candidatos próprios ao governo do estado. Mesmo com as baixas, o partido diz estar confiante na reeleição do governador.
"É legítimo que os partidos do nosso campo político tenham candidatos próprios. Mas acredito que Sartori estará no segundo turno e terá maior capacidade de aglutinar apoios para ganhar a eleição", afirma o presidente do MDB no Rio Grande do Sul, deputado federal Alceu Moreira.
Em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Bahia, o MDB perdeu força que tinha com a prisão de líderes partidários no âmbito da Operação Lava Jato, casos de Sérgio Cabral, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima.
Nos dois primeiros, o partido não terá candidato próprio. Na Bahia, o ex-ministro João Reis Santana foi lançado candidato, mas deve apenas marcar posição.
Em Mato Grosso do Sul, a recente prisão do ex-governador André Puccinelli, alvo da operação Lama Asfáltica, poderá significar um revés em sua candidatura.
Outro fator que tem pesado para os candidatos emedebistas é o isolamento em relação aos demais partidos. Nacionalmente, o MDB lançou a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto, mas não conseguiu agregar nenhum aliado.
A situação se repete em estados como São Paulo e Goiás. Na disputa paulista, Paulo Skaf não conseguiu atrair aliados e deve disputar a eleição com chapa pura. Em 2014, ele teve o apoio de quatro partidos.
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