Se Dilma e Lula quebraram a Petrobras, por que todos os funcionários da empresa foram contra o golpe?

Portal Plantão Brasil
24/5/2018 06:49

Se Dilma e Lula quebraram a Petrobras, por que todos os funcionários da empresa foram contra o golpe?

Desde os funcionários de plataforma até diretores que estão na empresa há mais de 20 anos; todos querem a volta do PT

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A FUP (Federação Única dos Petroleiros) sempre se manifestou a favor de Lula e Dilma, e contra o golpe. Agora é a vez da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) se manifestar contra o governo Temer, que colocou Pedro Parente na presidência da empresa.







O patrimônio da Petrobras sextuplicou entre 2003 e 2014. Leia abaixo a nota da AEPET sobre os preços dos combustíveis:



A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) divulgou nesta quarta-feira, 23, nota em que aponta o presidente da Petrobras, Pedro Parente, como o principal responsável pelo caos em relação ao preço dos combustíveis que resultou na greve de caminhoneiros.



"A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes. A importação de diesel se multiplicou por 1,8 desde 2015, dos EUA por 3,6. O diesel importado dos EUA que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado pelo Brasil’, diz o texto.







No início desta noite, Pedro Parente anunciou redução de 10% no preço do diesel por 15 dias, praticamente revogando a política de reajustes da empresa.



Leia, abaixo, a nota da Aepet:



A Petrobrás adotou nova política de preços dos combustíveis, desde outubro de 2016, a partir de então foram praticados preços mais altos que viabilizaram a importação por concorrentes. A estatal perdeu mercado e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada. A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes. A importação de diesel se multiplicou por 1,8 desde 2015, dos EUA por 3,6. O diesel importado dos EUA que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado pelo Brasil.



Ganharam os produtores norte-americanos, os “traders” multinacionais, os importadores e distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobrás, a União e os estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação. Batizamos essa política de “America first! ”, “Os Estados Unidos primeiro!”.



Diante da greve dos caminhoneiros assistimos, lemos e ouvimos, repetidamente na “grande mídia”, a falácia de que a mudança da política de preços da Petrobrás ameaçaria sua capacidade empresarial. Esclarecemos à sociedade que a mudança na política de preços, com a redução dos preços no mercado interno, tem o potencial de melhorar o desempenho corporativo, ou de ser neutra, caso a redução dos preços nas refinarias seja significativa, na medida em que a Petrobrás pode recuperar o mercado entregue aos concorrentes por meio da atual política de preços. Além da recuperação do mercado perdido, o tamanho do mercado tende a se expandir porque a demanda se aquece com preços mais baixos.



A atual direção da Petrobrás divulgou que foram realizados ajustes na política de preços com o objetivo de recuperar mercado, mas até aqui não foram efetivos. A própria companhia reconhece nos seus balanços trimestrais o prejuízo na geração de caixa decorrente da política adotada.



Outra falácia repetida 24 horas por dia diz respeito a suposta “quebra da Petrobrás” em consequência dos subsídios concedidos entre 2011 e 2014. A verdade é que a geração de caixa da companhia neste período foi pujante, sempre superior aos US$ 25 bilhões, e compatível ao desempenho empresarial histórico.



Geração operacional de caixa, US$ bilhões

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

33,03 27,04 26,03 26,60 25,90 26,10 27,11



A Petrobrás é uma empresa estatal e existe para contribuir com o desenvolvimento do país e para abastecer nosso mercado aos menores custos possíveis. A maioria da população quer que a Petrobrás atue em favor dos seus legítimos interesses, enquanto especuladores do mercado querem maximizar seus lucros de curto prazo.

Nossa Associação se solidariza aos consumidores brasileiros e afirma que é perfeitamente compatível ter a Petrobrás forte, a serviço do Brasil e preços dos combustíveis mais baixos e condizentes com a capacidade de compra dos brasileiros.



* Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)

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