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Sem votos e tachado de "traidor" por seus eleitores, depois de ter apoiado o golpe que afastou Dilma Rosuseff da presidência sem crime de responsabilidade, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) avalia deixar a vida pública. A vontade foi manifestada durante entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real do Estadão.
Cristovam planejava sair candidato à presidência na eleição deste ano, mas foi preterido no seu partido por uma aliança com o PSDB, que lançou o governador paulista Geraldo Alckmin ao Planalto.
"Eu tentei ser candidato a presidente pelo PPS, mas o presidente Roberto Freire não quer ter candidato próprio. Ontem, no congresso nacional do partido, foi aprovada uma indicação de diálogo com o Alckmin para tentar uma candidatura de centro que evite os extremos chegarem ao segundo turno, no caso o Ciro e o Bolsonaro", disse.
"Se eu for candidato, é ao Senado. Mas hoje eu estou refletindo se neste quadro que está aí se justifica ou não ser candidato", declarou ainda. "Por um lado, não ser candidato neste clima, sobretudo nos próximos quatro anos, pode ser entendido como um descuido com o País, que precisa de quadros com experiência. Por outro lado, tenho dúvidas se vamos ser capazes de pôr racionalidade no processo da campanha e no processo político depois. A política ficou muito irracional", continuou.
Questionado então se deixaria de concorrer a cargos públicos, respondeu: "tem muitas maneiras de fazer política. Você não cumpre um papel social só no Congresso, tem muitas maneiras, como escritor, como conferencista. Eu estou refletindo ainda".
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