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O número de argentinos vivendo abaixo da linha da pobreza aumentou drasticamente no primeiro semestre de 2024, chegando a 15,7 milhões de pessoas, o que representa 52,9% da população, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Esse cenário trágico reflete a grave crise econômica que assola a Argentina sob o governo de Javier Milei, que está no poder há 10 meses. As medidas de austeridade adotadas pelo presidente, como cortes drásticos nos gastos públicos e desvalorização do câmbio, não só falharam em conter a crise, mas agravaram a situação para milhões de famílias.
Nos primeiros seis meses de gestão de Milei, 3,4 milhões de argentinos caíram na pobreza, uma alta de 11,2 pontos percentuais em relação ao final de 2023. Além disso, a indigência — situação de extrema pobreza — atingiu 5,4 milhões de pessoas, refletindo a falta de acesso até mesmo ao mínimo de alimentos necessários para sobrevivência.
A crise é agravada por uma inflação acumulada de 236% em 12 meses, apesar de uma desaceleração recente. O chamado "Plano Motosserra", com cortes de subsídios e serviços essenciais, como água, eletricidade e transporte público, fez a qualidade de vida despencar. Mesmo com algumas melhorias nas reservas cambiais, que chegaram a US$ 27,2 bilhões, o valor ainda está longe dos US$ 62 bilhões necessários para estabilizar o câmbio, segundo o FMI.
A recessão se aprofunda com o PIB encolhendo 5,1% no primeiro trimestre e 1,7% no segundo. O desemprego também disparou, com mais de 177 mil demissões no setor formal, especialmente na construção e na indústria. Mesmo com a queda na inflação, o custo de vida continua a pressionar os argentinos, que enfrentam o menor consumo de carne bovina em um século.
Com informações do DCM
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